Washington livra grandes fabricantes de semicondutores da China das sanções após pressão de Tóquio, afirmam fontes
Os EUA pouparam o principal produtor chinês de memória dinâmica de acesso aleatório (DRAM) de sua última rodada de restrições à exportação de chips devido à oposição do Japão, segundo fontes.
O Departamento de Comércio dos EUA, por meio do Bureau of Industry and Security, impôs na segunda-feira uma proibição de exportação para a China sobre 24 tipos de equipamentos de fabricação de chips e três categorias de software essenciais para o desenvolvimento de semicondutores.
Também adicionou 140 empresas chinesas à Entity List, proibindo-as de acessar produtos e ferramentas que contenham tecnologias dos EUA sem a aprovação de Washington.
No entanto, ficaram de fora dessa lista algumas das maiores empresas de semicondutores da China, incluindo a ChangXin Memory Technologies (CXMT).
Sua ausência foi, em parte, devido à influência do Japão, cujo principal produtor de ferramentas para fabricação de chips, a Tokyo Electron, é um fornecedor importante para a empresa chinesa, de acordo com uma pessoa que foi informada sobre o assunto, mas preferiu não ser identificada.
A CXMT não respondeu imediatamente a um pedido de comentário na quinta-feira.
Os EUA haviam inicialmente considerado incluir a CXMT e outros 11 fornecedores da Huawei Technologies na lista, de acordo com um relatório da Bloomberg.
A omissão final da CXMT reflete a pressão enfrentada por Washington de seus aliados para moderar suas sanções em expansão contra empresas chinesas, que são grandes clientes de equipamentos de chips estrangeiros.
O Japão e os Países Baixos, ambos lar dos fabricantes mais avançados de equipamentos para fabricação de chips, foram isentos nas atualizações mais recentes da Regra de Produto Direto Estrangeiro dos EUA, o que significa que empresas chinesas sancionadas ainda podem comprar alguns equipamentos de chips desses países.
Enquanto isso, equipamentos fabricados na Malásia, Cingapura, Israel, Taiwan e Coreia do Sul estão sujeitos a controle.
Com informações de South China Morning Post*