Acordo Mercosul-UE é bom para grandes e pequenas empresas

Após 33 anos de espera, o Mercosul e a União Europeia fecham o maior acordo entre blocos, com potencial para transformar economias / Reprodução

Geraldo Alckmin destaca que o histórico acordo Mercosul-União Europeia ainda passará por etapas, mas traz grandes oportunidades para o Brasil


O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, celebrou nesta sexta-feira (6) o anúncio da conclusão das negociações do Acordo de Parceria entre o Mercosul e a União Europeia.

“Hoje é um dia histórico e estratégico. Depois de 33 anos do Mercosul e mais de 20 anos de negociações, finalmente foi anunciado o acordo entre Mercosul e União Europeia. É o maior acordo entre blocos de todo o mundo. Nós estamos falando de mais de 700 milhões de pessoas nesse acordo Mercosul-União Europeia”, destacou o ministro em entrevista à imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília.

Para o presidente em exercício, a conclusão definitiva das negociações do Acordo de Parceria entre os dois blocos, anunciados durante a reunião de cúpula do Mercosul, no Uruguai, tem um grande significado em um mundo polarizado.

Em entrevista coletiva em Brasília, presidente em exercício ressaltou que “se não fosse o presidente Lula, dificilmente esse acordo teria saído” / Reprodução

“Isso é prova de diálogo, da boa política. E quero destacar também a liderança do presidente Lula, que se não fosse o presidente Lula, dificilmente esse acordo teria saído”, afirmou.

O anúncio da conclusão das negociações culmina processo iniciado em 2023, quando o MERCOSUL, sob a coordenação brasileira, e a União Europeia retomaram as tratativas birregionais. Nesses dois anos, foram realizadas, no total, sete rodadas de negociações presenciais entre os dois blocos, todas em Brasília.

O efeito da conclusão da negociação não é imediato, explicou o ministro. O acordo ainda passará pela revisão legal; tradução em 25 línguas; assinatura; internalização; ratificação; e entrada em vigor.

Alckmin ressaltou, ainda, que o acordo abre oportunidades para o Brasil e tem o apoio das confederações nacionais da Indústria (CNI), do Comércio (CNC) e da Agricultura e Pecuária (CNA) ao acordo. Estudos mostram que, com o acordo, as exportações para a União Europeia podem crescer na agricultura (6,7%), nos serviços (14,8%) e na indústria de transformação (26,6%).

“Pode ajudar a fazer o PIB do Brasil crescer mais, as exportações brasileiras crescerem mais, a renda e o emprego crescerem mais e derrubar a inflação. Ajuda também a reduzir a inflação. Então, é uma agenda extremamente positiva”, avaliou.

As pequenas empresas também vão se beneficiar do acordo, avalia Alckmin. “Abre muitas oportunidades para entendimento recíproco e um ganho recíproco. Vamos impulsionar as pequenas empresas, também, para que elas possam participar, não só as grandes empresas”, ressaltou.

Com informações da VPR*

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