O diretor-executivo do FMI, André Roncaglia, que representa o Brasil na instituição, comemorou os dados econômicos do PIB, divulgados hoje pelo IBGE, como extremamente positivos.
“Sim, muito bom”, disse Roncaglia, respondendo à pergunta se considerava o conjunto de números como positivo.
Segundo o IBGE, o PIB do terceiro trimestre apresentou um crescimento de 4% sobre o mesmo período do ano anterior.
Alguns detalhes desse crescimento chamaram atenção. A indústria de transformação, que representa a “jóia da coroa” de um processo de desenvolvimento, especialmente num país como o Brasil, registrou crescimento de 4,2% no terceiro trimestre, na comparação com 2023.
O dado mais impressionante, porém, é o crescimento de 11% no terceiro trimestre da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), nome complicado para investimento em capacidade produtiva, na comparação com igual período do ano passado.
Esses números representam uma economia aquecida. Roncaglia atribui o bom momento aos estímulos à economia vindos através de políticas do BNDES, MDIC, além da atmosfera favorável gerada pela reforma tributária.
“Além do crescimento da renda, temos outra variável de suporte, via consumo das famílias”, acrescentou o economista.
Roncaglia lembra ainda das reformas microeconômicas no mercado de crédito, que estariam “destravando muitos investimentos”.
Ele conclui, porém, com uma nota de prudência: “é muito bom, mas não sabemos se é sustentável no tempo”.
De qualquer forma, Roncaglia concorda, bem humorado, que é um dia difícil para os profetas do apocalipse.