A Broadcasting Corporation de Israel (KAN) divulgou em 3 de dezembro que o custo estimado para a implementação de um governo militar na Faixa de Gaza poderia alcançar NIS 25 a 30 bilhões anuais (aproximadamente US$ 7 a 8,4 bilhões).
Esta estimativa inclui NIS 20 bilhões (US$ 5,6 bilhões) para operar as forças militares israelenses e entre NIS 5 e 10 bilhões (US$ 1,4 a 2,8 bilhões) destinados a serviços civis básicos para os palestinos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, continua resistindo a um acordo de cessar-fogo e troca que exigiria que Israel encerrasse a guerra e se retirasse de Gaza, conforme solicitado pelo Hamas. Em vez disso, o governo de Netanyahu promove a ocupação militar e o controle administrativo e de segurança prolongado sobre a região.
Atualmente, as forças israelenses estão envolvidas em ações para remover ou expulsar os residentes do norte de Gaza, em um esforço para transformar esta área em uma zona militar isolada, conforme descrito pelo “Plano dos Generais”.
O Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, um dos proponentes da reocupação e reassentamento de Gaza por Israel, contradiz as estimativas anteriores, alegando em 2 de dezembro que os custos seriam substancialmente menores, “no máximo algumas centenas de milhões”.
Smotrich também propôs um plano controverso para incentivar a emigração de metade da população de Gaza dentro de dois anos.
Netanyahu negou que esteja trabalhando ativamente para reassentar Gaza, apesar de relatos de uma conferência organizada pelo seu partido, Likud, que teria como objetivo preparar o terreno para a construção de assentamentos judaicos na região. O primeiro-ministro defende, no entanto, um controle de segurança israelense indefinido sobre Gaza.
Relatórios recentes sugerem que Tel Aviv, juntamente com Washington e Cairo, consideraram a possibilidade de delegar parte da administração de Gaza a uma empresa privada de segurança dos EUA.
O jornal israelense Globes noticiou que Israel está avaliando um “programa piloto” que permitiria a empresas de segurança privadas dos EUA, incluindo a Constellis, sucessora da Blackwater, e a Orbis, administrar o fornecimento de alimentos e medicamentos na região norte devastada de Gaza.
Yochanan Zoraf, pesquisador do Instituto de Estudos de Segurança Nacional (INSS), destacou que embora essas empresas não gerenciem diretamente a vida diária dos residentes, elas terão responsabilidades significativas na região.
Com informações do The Cradle