O governo brasileiro revelou nesta terça-feira um pacote de investimentos significativo destinado a impulsionar o setor agroindustrial do país.
Sob a Missão 1 da Nova Indústria Brasil (NIB), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, anunciou que serão destinados R$ 546,6 bilhões para desenvolver cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais.
O projeto é dividido em aportes do setor público e privado. O governo disponibilizará R$ 250,2 bilhões em linhas de crédito públicas, com R$ 198,1 bilhões programados para os anos de 2023 e 2024, e R$ 52,18 bilhões para o período de 2024 a 2026. Já os investidores privados comprometeram-se a contribuir com R$ 296,3 bilhões até 2029, refletindo a confiança no crescimento futuro do setor.
Durante a cerimônia, que ocorreu no Palácio do Planalto, foi destacada a inclusão do Banco do Brasil no Plano Mais Produção (P+P), que agora totaliza R$ 507 bilhões em recursos, sendo R$ 101 bilhões especificamente alocados para o setor agrícola.
O plano também envolve grandes financiadores como o BNDES, Caixa Econômica Federal, Finep, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e Embrapii.
As metas estabelecidas são ambiciosas. O governo pretende elevar o PIB da agroindústria para um crescimento anual de 3% até 2026 e 6% até 2033, um aumento significativo comparado ao crescimento médio de 1,75% observado de 2019 a 2023.
Além disso, objetiva-se aumentar a mecanização e a tecnificação da agricultura familiar, com metas de alcançar 28% de mecanização até 2026 e 66% de tecnificação até 2033.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) identificou cadeias produtivas prioritárias para alcançar esses objetivos, incluindo a agricultura de precisão, a produção nacional de drones e a expansão da cadeia de fertilizantes e biofertilizantes.
Além disso, o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Petrobras firmaram um acordo para aumentar a produção nacional de fertilizantes, visando reduzir a dependência de insumos importados.
Esses investimentos são parte de um plano maior da Nova Indústria Brasil, que já totaliza R$ 1,83 trilhão em compromissos de investimento abrangendo diversos setores, incluindo construção, automotivo, papel e celulose, tecnologia da informação e comunicação, aço e saúde. Com essas iniciativas, o governo busca fortalecer a competitividade da agroindústria brasileira, tornando-a mais sustentável e inovadora.