China encerra deserto Taklamakan com barreira verde ecológica.
O deserto de Taklamakan, conhecido como “Mar da Morte”, foi completamente cercado por uma barreira verde de 3.046 quilômetros de extensão, informou a agência de notícias Xinhua. Este projeto, localizado na Região Autônoma de Xinjiang, no noroeste da China, é a maior barreira ecológica contínua ao redor de um deserto já construída no mundo, segundo imagens de satélite divulgadas pelo Xinjiang Daily.
Na manhã de quinta-feira, espécies como o álamo do deserto (Populus euphratica), saxaul (Haloxylon) e tamargueira foram plantadas no trecho final, em terrenos arenosos no condado de Yutian, na borda sul do deserto. A conclusão foi anunciada pelo departamento regional de silvicultura e pastagens.
Com uma área de 337.600 quilômetros quadrados e um perímetro de 3.046 quilômetros, o Taklamakan é o maior deserto da China e o segundo maior deserto móvel do mundo. A região, que recebe apenas 50 milímetros de chuva por ano e enfrenta uma evaporação média de mais de 2.500 milímetros, apresenta condições climáticas extremamente áridas.
Entre os maiores desafios enfrentados pelo projeto estão o tamanho do deserto, o clima seco e a escassez de água, além das frequentes tempestades de areia. Aproximadamente 258.400 quilômetros quadrados do deserto são compostos por dunas móveis, algumas com até 300 metros de altura – equivalente a um edifício de 100 andares.
Liu Yongping, pesquisador do Instituto de Florestamento e Controle de Areias da Academia de Silvicultura de Xinjiang, afirmou que o Taklamakan é uma das áreas mais afetadas por tempestades de areia na China, representando uma grande ameaça às áreas de oásis. Ele destacou que este projeto monumental é uma prova da força tecnológica e organizacional da China no combate à desertificação.
Moradores locais celebraram o feito. Um residente de 57 anos viajou 20 quilômetros para acompanhar a conclusão do projeto e afirmou que a barreira verde trará colheitas melhores para as futuras gerações.
Com o projeto finalizado, as autoridades de Xinjiang planejam expandir a barreira e restaurar cerca de 2,34 milhões de hectares de terras desertificadas até 2030, reforçando os esforços de recuperação ecológica na região.
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