China-Rússia ativam gasoduto com capacidade anual de 38 bilhões de metros cúbicos
Pequim, 2 de dezembro (EFE). O gasoduto East Route, um projeto de 5.111 quilômetros que conecta a Rússia à China e foi projetado para fornecer até 38 bilhões de metros cúbicos de gás anualmente, começou a operar nesta segunda-feira.
Considerado o maior gasoduto individual da China, o projeto se estende de Heihe, na província de Heilongjiang, no norte do país, até Xangai, conforme relatado pela emissora estatal CCTV.
O gasoduto é um componente estratégico dos quatro corredores nacionais de petróleo e gás natural da China, divididos em seções norte, central e sul, de acordo com a mídia estatal chinesa.
Essa infraestrutura é essencial para diversificar as fontes de energia do país e garantir o fornecimento de gás natural, especialmente em regiões-chave como as três províncias do nordeste, a região de Pequim-Tianjin-Hebei e o Delta do Rio Yangtzé, que concentram grande parte da demanda energética nacional.
Segundo a State Grid Corporation, o gasoduto atenderá às necessidades anuais de gás de mais de 450 milhões de pessoas em nove províncias e regiões.
Além de sua relevância para a China, o gasoduto reflete a crescente cooperação energética com a Rússia, que busca aumentar suas exportações para a Ásia após as sanções ocidentais devido à guerra na Ucrânia e aos danos à sua infraestrutura de fornecimento para a Europa.
Em outubro, as gigantes estatais de energia Gazprom, da Rússia, e a CNPC, da China, firmaram novos acordos para ampliar o volume de fornecimento.
Neste ano, a Gazprom entregará à China 1 bilhão de metros cúbicos adicionais de gás, conforme anunciou Vitali Markelov, vice-presidente do Comitê de Gestão da Gazprom, durante o Fórum Internacional de Gás em São Petersburgo.
Ambas as empresas também concordaram em aumentar ao máximo os fornecimentos diários por meio do gasoduto Power of Siberia, que começou a operar em 2019 e atualmente transporta até 38 bilhões de metros cúbicos por ano.
Após a invasão da Ucrânia, o sabotamento dos gasodutos Nord Stream — que abasteciam a Alemanha através do Mar Báltico — e a imposição de sanções ocidentais, a Rússia tem buscado diversificar suas exportações de gás e petróleo, voltando-se especialmente para a Ásia, com destaque para China e Índia.
Com informações da EFE
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!