Especialistas acreditam que um possível acordo de paz pode aliviar tensões entre China e UE, mas a desconfiança sobre Rússia e Taiwan persiste
Na semana passada, quando a guerra na Ucrânia atingiu a marca de 1.000 dias, tropas ucranianas atingiram alvos dentro da Rússia com mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos e Reino Unido.
Em resposta, a Rússia lançou um míssil balístico contra a cidade ucraniana de Dnipro, em um ataque relâmpago que analistas dizem ter se intensificado à medida que Moscou e Kiev tentam garantir vantagem para futuras negociações.
A perspectiva de negociações cresceu desde que Donald Trump, que se gaba de ser capaz de acabar com a guerra “em 24 horas”, venceu as eleições presidenciais dos EUA neste mês e se prepara para retornar à Casa Branca.
Para a China, as implicações de uma resolução para o conflito podem ser de grande alcance.
Durante toda a guerra, a China tem alegado neutralidade e buscado desempenhar o papel de pacificadora – mesmo enquanto constrói fortes laços e mantém comunicação regular com uma Rússia isolada diplomaticamente e atingida por sanções.
Essa conexão China-Rússia tem tensionado os laços de Pequim com Bruxelas, um de seus principais parceiros comerciais.
O fim da guerra na Ucrânia poderia, de alguma forma, aliviar a pressão nas relações China-UE e permitir que empresas chinesas retornem ao mercado russo, afirmam alguns observadores.
Mas outros argumentam que o conflito foi um ponto de virada na forma como a União Europeia vê a China e suas relações com a Rússia, com mais tensões a caminho.
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