Carro da comitiva de Lula é roubado na Baixada Fluminense durante Cúpula do G20

RICARDO STUCKERT/PR

Um carro da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi roubado na noite deste sábado (16), em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O crime ocorreu durante os eventos da Cúpula do G20 no Brasil. Segundo informações preliminares, o presidente não estava no veículo no momento do roubo.

O automóvel, um Toyota Corolla branco, foi interceptado por volta das 20h. De acordo com relatos, outro veículo bloqueou a passagem do carro oficial, e três indivíduos armados obrigaram o motorista a sair do veículo. Os assaltantes levaram também o celular do condutor. A Polícia Civil do Rio de Janeiro está conduzindo as investigações para identificar os responsáveis e recuperar o veículo.

Este foi o segundo incidente envolvendo veículos de comitivas oficiais do G20 no Rio de Janeiro em menos de uma semana. Na última quinta-feira (14), outro automóvel, pertencente à equipe do ministro Márcio Costa Macêdo, foi roubado no Centro do Rio de Janeiro. Durante a tentativa de recuperação do carro, policiais trocaram tiros com traficantes na Favela Nova Holanda, em Bonsucesso. Não há informações sobre feridos na operação.

Ambos os episódios ocorrem em um período de atenção internacional voltada para o Brasil. A cidade do Rio de Janeiro está sob a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), com a presença de tropas das Forças Armadas para reforçar a segurança em meio aos eventos do G20. A mobilização das autoridades, no entanto, não foi suficiente para evitar os crimes.

No caso do veículo da comitiva do ministro, o assalto aconteceu na Rua do Riachuelo, uma área central da cidade. A localização fica a menos de dois quilômetros do Quartel General da Polícia Militar e do Museu de Arte Moderna, onde algumas atividades do G20 foram realizadas. Os detalhes sobre a abordagem dos criminosos neste caso também estão sendo analisados pelas autoridades.

A Polícia Civil não divulgou novas informações sobre o andamento das investigações. Segundo fontes ligadas ao caso, as equipes estão utilizando imagens de câmeras de segurança das áreas onde os crimes ocorreram para tentar identificar os autores. Em São João de Meriti, o perímetro de atuação dos criminosos é conhecido pela presença de milícias e grupos armados, o que pode dificultar a apuração.

Os episódios levantam questões sobre a eficácia do planejamento de segurança para eventos de grande porte. A presença de chefes de Estado e delegações internacionais no Brasil durante o G20 aumenta a pressão sobre as autoridades responsáveis por garantir a integridade dos participantes e da infraestrutura utilizada. Embora os crimes não tenham afetado diretamente os líderes globais, a repetição de roubos envolvendo veículos de comitivas oficiais expõe vulnerabilidades no esquema de segurança.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro ainda não comentou oficialmente os incidentes. Especialistas em segurança urbana destacam que a implementação de medidas como a GLO, apesar de robusta, enfrenta limitações operacionais em áreas urbanas complexas. No caso específico da Baixada Fluminense e do Centro do Rio, fatores como a fragmentação territorial e a atuação de organizações criminosas representam desafios significativos.

Enquanto as investigações continuam, as autoridades reforçaram o policiamento nas áreas próximas aos eventos do G20 e nos trajetos utilizados pelas delegações. Além disso, medidas adicionais estão sendo estudadas para garantir maior proteção nos deslocamentos das comitivas durante os dias restantes do evento.

Os dois casos seguem sem desfecho. A Polícia Civil mantém o trabalho para localizar os veículos e identificar os criminosos.

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