Urgente! O relatório de 800 páginas da PF sobre o golpe de Bolsonaro

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A Polícia Federal (PF) revelou detalhes de uma ampla investigação sobre uma suposta trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, indiciando 37 pessoas por envolvimento no que foi denominado “inquérito do golpe”.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou o sigilo do relatório nesta terça-feira (26), após os dados serem enviados ao STF na última quinta-feira (21).

O documento detalha a atuação dos envolvidos em seis núcleos distintos, cada um com objetivos e métodos específicos para minar o sistema democrático do Brasil.

Os núcleos identificados são: Oficiais de Alta Patente com Influência e Apoio a Outros Núcleos, Inteligência Paralela, Operacional de Apoio às Ações Golpistas, Jurídico, Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado, e de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral.

A investigação mostra que a suposta tentativa de golpe envolveu desde a disseminação de desinformação até a elaboração de planos jurídicos e operacionais para impedir a transição de poder.

Por exemplo, o “Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral” focou na produção e amplificação de notícias falsas para questionar a integridade das eleições presidenciais de 2022.

O objetivo era estimular seguidores a permanecerem em frente a instalações militares, criando um ambiente propício para um golpe de Estado.

Dentre os indiciados, destacam-se figuras como Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.

O relatório ainda menciona a participação de militares de alta patente e influenciadores em posição de autoridade, que utilizaram seus canais para amplificar ataques pessoais contra militares em comando que resistiam às ações golpistas.

A decisão de Moraes também manteve sob sigilo a delação premiada do coronel Mauro Barbosa Cid, enquanto o material foi encaminhado para apreciação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Esta medida pode levar a novas ações judiciais e aumentar a pressão sobre outros envolvidos que ainda não foram publicamente indiciados.

Este inquérito sublinha os desafios enfrentados pelo Brasil em preservar a integridade de seu sistema democrático e destaca a vigilância contínua necessária para proteger as instituições republicanas de tentativas de subversão.

Acesse a íntegra do relatório clicando aqui.

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