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China e UE avançam em negociações para eliminar tarifas sobre carros elétricos

Bruxelas e Pequim estão avançando nas negociações para concluir um acordo que visa eliminar as tarifas impostas pela União Europeia (UE) sobre as importações de veículos elétricos chineses. Bernd Lange, chefe do Comitê de Comércio do Parlamento Europeu, revelou em uma entrevista ao canal alemão NTV no sábado que as discussões estão próximas de um […]

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Getty Images/Lars Penning

Bruxelas e Pequim estão avançando nas negociações para concluir um acordo que visa eliminar as tarifas impostas pela União Europeia (UE) sobre as importações de veículos elétricos chineses.

Bernd Lange, chefe do Comitê de Comércio do Parlamento Europeu, revelou em uma entrevista ao canal alemão NTV no sábado que as discussões estão próximas de um desfecho positivo.

Em outubro, a Comissão Europeia adotou tarifas que chegam a 35,3% sobre os veículos elétricos a bateria (BEVs) fabricados na China, além do imposto padrão de 10% sobre automóveis importados. Estas tarifas entraram em vigor em 30 de outubro.

“Também ainda estamos negociando com o lado chinês em relação aos carros elétricos. Estamos perto de uma solução com a China para abolir as tarifas”, afirmou Lange.

Ele adicionou que a possível resolução do conflito incluiria compromissos por parte da China para oferecer carros elétricos na UE a um preço mínimo, o que ajudaria a “eliminar a distorção da concorrência por meio de subsídios injustos”, justificativa inicial para a imposição das tarifas.

A introdução dessas tarifas foi o resultado de uma investigação comercial de um ano realizada pela UE, que defendeu a medida como necessária para proteger os fabricantes europeus da concorrência desleal, alegando que os produtores chineses se beneficiam significativamente de subsídios estatais.

Esta política, contudo, gerou divisões dentro da UE e provocou retaliações de Pequim, incluindo tarifas provisórias sobre bebidas alcoólicas europeias, que variam entre 30,6% e 39%. Essas tarifas foram uma resposta às ações da UE e entraram em vigor em 11 de outubro.

Além disso, em agosto, o Ministério do Comércio chinês acusou produtores europeus de venderem produtos abaixo do preço de mercado na China, o que poderia causar “danos substanciais” aos produtores locais, e iniciou investigações antidumping sobre carne suína e laticínios da UE.

A situação tensionou as relações comerciais, com países como Alemanha e Hungria expressando preocupações sobre o risco de uma guerra comercial e instando por uma solução negociada.

Com informações da RT

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