Poucos brasileiros tem consciência da revolução que está prestes a acontecer no Brasil, caso as novas articulações feitas entre o TCU e governo dêem certo.
Décadas de burocratismo burro, corrupto e ineficiente, de obras se arrastando indefinidamente, com atrasos constantes, podem ficar para trás.
No caso dos últimos anos, o burocratismo se somou à insanidade lavajatista, numa tempestade perfeita que paralisou virtualmente toda a administração pública nacional e todas as obras em andamento no país.
Desde que assumiu seu terceiro mandato, o presidente Lula tem sido obcecado em retomar obras de infra-estrutura e desmontar o estado de paralisia administrativa em que o lavajatismo deixou o país, e que o governo Temer e Bolsonaro nunca se esforçaram em superar.
No evento de ontem, com presença de Lula, de vários ministros e empresários, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, defendeu o papel transformador da instituição na superação de práticas que limitam o progresso da administração pública.
Ele citou o conceito do “código do fracasso”, desenvolvido pelo jurista argentino Roberto Dromi, que identifica a paralisia decisória como um dos principais entraves para a eficiência no setor público. Segundo Dantas, o TCU está comprometido em revogar essa “ideologia do fracasso”, promovendo decisões corajosas e eficazes que priorizem o bem-estar da população.
Apesar das críticas e pressões enfrentadas, Dantas reafirmou a confiança no trabalho desenvolvido pela equipe do tribunal e a importância de manter o foco nos interesses do cidadão, promovendo uma administração pública moderna e resolutiva.
Discurso de Bruno Dantas, presidente do TCU
“Senhor presidente Lula, ministro Renan Filho, senhoras e senhores, todos sabemos das dificuldades que este momento representa. Por vezes, os insatisfeitos se manifestam das mais variadas formas. No entanto, como já disse em outras ocasiões, depois de tantos anos em Brasília, nós não temos mais medo de latidos grossos.
Quem quiser reclamar, que reclame. O que importa é que tenhamos convicção no propósito que estamos abraçando. E posso afirmar que tanto eu quanto os demais ministros do Tribunal de Contas da União, assim como os auditores federais de controle externo, estamos firmes em nossa convicção sobre o trabalho que realizamos.
Sabemos o quão duras são as negociações em mesas de otimização. Quantas vezes os auditores pressionam o Ministério dos Transportes ou as agências reguladoras? Fazem isso porque queremos sempre o melhor para o usuário.
Ao observar os números apresentados hoje, lembro-me de um texto que escrevi há alguns anos, no qual citei o jurista argentino Roberto Dromi. Ele, ao analisar a administração pública de seu país, falou sobre o “código do fracasso”. Disse que nós, que lidamos com a vida pública, precisamos desviar desse código todos os dias.
Dromi apontava que o “código do fracasso” tem quatro artigos: primeiro, não pode; segundo, se houver dúvida, não decida; terceiro, se é urgente, espere; e quarto, é sempre mais prudente não decidir nada.
Mas o cidadão, que é a razão de ser de todos nós que atuamos na vida pública, não pode sobreviver sob esse código. É necessário revogá-lo. Não podemos permitir que a inércia e o conformismo prejudiquem quem mais precisa de nossas ações.
Muito obrigado.”
Abaixo, o vídeo completo do evento em Brasília:
E abaixo, o discurso de Bruno Dantas:
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