Donald Trump foi declarado vencedor no Arizona, concluindo uma sequência de vitórias importantes para os republicanos nos estados decisivos. Este resultado consolida uma vantagem significativa sobre os democratas, conforme reportado pelo The Guardian. Na próxima quarta-feira, Trump tem um encontro agendado com Joe Biden na Casa Branca para discutir a transição de poder.
Em seu primeiro mandato, Trump encontrou resistência para implementar sua agenda, com figuras chave do Congresso como Paul Ryan e Mitch McConnell não alinhados com suas políticas. Com a Câmara dos Representantes sob controle democrata na segunda metade de sua presidência, suas ações foram ainda mais limitadas.
Agora, em seu segundo mandato, o cenário parece mais favorável para Trump. As disputas ainda indefinidas indicam que os republicanos estão prestes a assegurar o controle das duas câmaras do Congresso, segundo The Economist.
Projeções apontam que o partido pode alcançar 53 cadeiras no Senado com uma vitória na Pensilvânia, enquanto na Câmara, os republicanos estão perto de garantir uma maioria, com Mike Johnson possivelmente assumindo como presidente da Câmara com o apoio de Trump.
Trump conquistou um total de 312 votos no colégio eleitoral contra 226 de Kamala Harris. Além do Arizona, ele saiu vitorioso em outros estados decisivos e regiões industriais importantes como Nevada, Geórgia, Carolina do Norte, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia. O partido também retomou o controle do Senado e mantém vantagem na Câmara dos Representantes.
Após uma eleição marcada por forte polarização, a vitória republicana impõe um desafio ao Partido Democrata para reavaliar sua plataforma. Trump também obteve a maioria no voto popular, o primeiro republicano a conseguir tal feito desde George W. Bush em 2004.
Biden convidou Trump para um encontro formal no Salão Oval, uma tradição de transição que Trump recusou em 2020. O atual presidente prometeu dedicar-se a uma transição de poder pacífica e organizada. No entanto, alguns documentos necessários para a transição ainda não foram enviados à equipe de Biden, incluindo acordos éticos essenciais para evitar conflitos de interesse.
Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional, anunciou que Biden discutirá com Trump as políticas externas, com ênfase no apoio à Ucrânia e na necessidade de aumentar a pressão sobre o Hamas para negociar um acordo em Gaza.
Frank Luntz, consultor republicano, criticou a estratégia de Harris na campanha, e Bernie Sanders defendeu Harris, enfatizando o descontentamento da classe trabalhadora.
A vitória também reacendeu debates entre os republicanos sobre a legitimidade das eleições, com Jim Jordan celebrando o retorno de Trump como “o maior retorno político da história”. Jordan e Barry Loudermilk pediram a preservação dos registros das investigações contra Trump, enquanto Byron Donalds refutou rumores de uma “lista de inimigos”, atribuindo-os a uma falsa narrativa democrata.
Com informações da Reuters