A Polícia Federal indiciou na quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro e quatro ex-integrantes de seu governo por acusações de tentativa de golpe de estado, abolição violenta do estado democrático de direito e formação de organização criminosa.
O indiciamento é parte de um inquérito que investiga esforços para manter Bolsonaro no poder após sua derrota eleitoral em 2022 para o candidato Lula (PT).
O relatório final do inquérito, com mais de 800 páginas, foi concluído no início da tarde e será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A Procuradoria Geral da República (PGR) analisará o relatório para decidir sobre a apresentação de acusações formais, e o STF será responsável pelo julgamento dos indiciados.
Os indiciados, além de Bolsonaro, incluem Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e vice na chapa derrotada nas eleições; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin); e Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL).
As acusações contra os indiciados são sérias, com penas variando para golpe de estado de 4 a 12 anos de prisão, para abolição violenta do estado democrático de direito de 4 a 8 anos, e para formação de organização criminosa de 3 a 8 anos de prisão.
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