O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou que autorizou uma operação que envolveu o uso de pagers bomba contra membros do Hezbollah no Líbano. O ataque, que até então não havia sido reivindicado oficialmente, resultou na morte de 37 pessoas, incluindo indivíduos próximos às áreas das explosões.
A confirmação veio através do porta-voz de Netanyahu, Omer Dostri, e foi feita durante uma reunião do Conselho de Ministros. De acordo com informações divulgadas pelo UOL e pelo Times of Israel, a operação visava especificamente eliminar Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, que foi morto dias após o ataque.
O plano de utilizar pagers como dispositivos explosivos foi desenvolvido em 2022, num período de relativa calma nas fronteiras entre Israel e Líbano. Segundo relatos, a estratégia incluiu a participação de agentes em vários países e contou com o apoio do Mossad, a agência de inteligência de Israel, que desempenhou papel crucial infiltrando-se no Hezbollah com a ajuda de informantes e monitoramento eletrônico.
A revelação da autoria israelense deste ataque surge em um contexto delicado, já que houve oposição dentro do próprio governo de Israel quanto à decisão de levar adiante tal operação. As implicações dessa confirmação são significativas, tanto para as relações internacionais na região quanto para a política interna israelense.