O relatório final da Polícia Federal (PF) revela que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” do plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Esta conclusão, que será incluída no documento que deve ser entregue ao STF ainda nesta quinta-feira (21), coloca Bolsonaro como ciente e envolvido na elaboração de uma trama para atacar figuras chave do governo eleito em 2022.
O relatório final é um dos desdobramentos da investigação da PF sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e inclui evidências que indicam a participação direta de Bolsonaro e de outras figuras de destaque no cenário político e militar. O plano para assassinatos, identificado pela PF, não apenas expõe o envolvimento de Bolsonaro, mas também coloca em foco a organização e os detalhes das ações golpistas.
O documento da PF deverá ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) nas próximas horas, com a expectativa de que o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, encaminhe a investigação à Procuradoria-Geral da República (PGR) em seguida. O julgamento de Bolsonaro e outros possíveis envolvidos pode ocorrer entre março e abril de 2025, conforme indicam fontes da Corte.
A revelação de que Bolsonaro tinha conhecimento do plano de assassinato e de outros atos golpistas reforça o cenário de possível responsabilização do ex-presidente, cujos atos e omissões seguem sendo investigados por diversas frentes. A PF conclui que, além da participação em tentativas de desestabilizar o governo eleito, Bolsonaro estava a par das intenções violentas contra autoridades democráticas.
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