A China está implementando inovações em inteligência artificial (IA) para abordar desafios no diagnóstico e tratamento de distúrbios psicológicos, como parte de um esforço mais amplo para melhorar a saúde mental.
O uso crescente de IA abrange desde algoritmos para avaliação e monitoramento até aplicações em terapias de suporte com músicas e vídeos gerados por IA, oferecendo novas perspectivas para pacientes com condições como autismo e depressão.
Lü Zhuhai, neurocirurgião chefe do Nanjing Brain Hospital, descreveu os desafios atuais no diagnóstico precoce de autismo em crianças pequenas, destacando a dificuldade em realizar avaliações eficazes devido à limitada capacidade de expressão dos jovens pacientes.
A similaridade de sintomas entre o autismo e outros transtornos de desenvolvimento também complica o diagnóstico precoce e preciso. “Precisamos de dados mais objetivos para avaliar se a situação melhorou”, disse Lü em entrevista ao Global Times.
Para superar esses obstáculos, Lü e sua equipe desenvolveram uma plataforma própria que utiliza sinais característicos como redes neurais, níveis hormonais e ondas cerebrais para ajudar no diagnóstico de problemas de saúde mental em crianças. Esse esforço é parte de uma tendência maior na China, onde tecnologias de IA estão sendo aplicadas para preencher lacunas no cuidado e diagnóstico psicológico.
Em outra iniciativa, um centro de inovação em Feng destacou-se por criar um sistema de diagnóstico e identificação precoce para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), empregando técnicas de IA como aprendizado profundo e múltiplo.
Este sistema alcançou uma taxa de precisão diagnóstica de 91,67%, conforme relatado pelo Fengmian News. Ainda que essas tecnologias não tenham sido amplamente implementadas em hospitais, representam um avanço significativo na área.
Além das inovações tecnológicas, o governo chinês lançou o “Plano de Implementação para o Cuidado e Promoção de Crianças Autistas (2024-2028)“.
O plano de cinco anos visa melhorar os serviços e mecanismos de atendimento para crianças autistas, integrando projetos de reabilitação médica ao sistema nacional de seguro saúde, o que poderia aliviar os encargos financeiros das famílias afetadas.
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