A Polícia Federal obteve depoimentos que confirmam um encontro significativo na residência do general Walter Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, realizado no dia 12 de novembro de 2022. Este encontro envolveu discussões sobre um plano após a derrota eleitoral de Bolsonaro, de acordo com informações da jornalista Andréia Sadi, do G1.
Braga Netto, que também serviu como ministro da Defesa e ministro-chefe da Casa Civil durante o governo Bolsonaro, foi apontado nas investigações como um dos principais articuladores de um suposto golpe de Estado, após a derrota nas urnas. As investigações foram intensificadas com a colaboração de Mauro Cid, assessor próximo de Bolsonaro, cuja delação ajudou a confirmar detalhes do encontro.
Na mesma operação, a PF prendeu Mario Fernandes, general de brigada e outros três militares de um grupo de elite, referidos como “kids pretos”. Eles são acusados de envolvimento no “Punhal Verde e Amarelo”, um plano que visava assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin no feriado de 15 de novembro de 2022.
Essas prisões e investigações estão sendo realizadas em um contexto de análise minuciosa das tentativas de desestabilização da democracia brasileira, destacando o papel significativo que certos membros das forças armadas desempenharam no cenário político pós-eleitoral. A situação continua a evoluir, com a justiça buscando esclarecer totalmente os eventos em torno dessas alegações.