Governo Lula dá ‘rasteira’ na Starlink e fecha parceria com gigante chinesa

Em um movimento estratégico significativo, o governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, formalizou acordos com a empresa chinesa SpaceSail, principal concorrente da Starlink de Elon Musk, para operações de internet via satélite no Brasil.

Estes acordos foram firmados apenas três dias após incidentes diplomáticos envolvendo críticas públicas da primeira-dama Janja Silva ao empresário norte-americano.

Os acordos foram anunciados durante a presença do presidente chinês, Xi Jinping, no Brasil para a Cúpula do G-20, destacando o fortalecimento das relações sino-brasileiras em tecnologia e telecomunicações.

Além da SpaceSail, um acordo foi assinado com a Administração Nacional de Dados do governo chinês, reforçando a cooperação bilateral.

A iniciativa segue uma visita do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, à China em outubro, onde explorou parcerias potenciais com empresas chinesas como a GalaxySpace de Pequim.

Esta viagem visou diversificar as opções tecnológicas do Brasil e alinhar as prioridades nacionais para a próxima reunião dos Brics, segundo informações do ministério.

A SpaceSail é conhecida por oferecer serviços de internet de alta velocidade através de satélites de órbita baixa, uma tecnologia que rivaliza diretamente com a oferecida pela Starlink de Musk.

A expansão destes serviços no Brasil está alinhada com os esforços do país em aumentar a conectividade em regiões remotas.

O contexto desta parceria se dá em um momento de tensões crescentes entre o governo Lula e Elon Musk. Durante um evento da ONU, Lula criticou indiretamente Musk, questionando a influência de bilionários sobre as democracias globais.

Este comentário foi em resposta aos conflitos entre Musk e o Supremo Tribunal Federal (STF), culminando na suspensão das atividades da plataforma X no Brasil pelo ministro Alexandre de Moraes, em agosto.

A cooperação entre Brasil e China foi fortalecida anteriormente em 2023, quando Lula e Xi assinaram mais de 20 acordos em Pequim, abrangendo setores como agricultura, meio ambiente, e ciência e tecnologia.

À medida que os dois países se preparam para celebrar 50 anos de relações diplomáticas em 2024, a China mantém-se como um dos maiores parceiros comerciais do Brasil e um membro influente no Brics.

Com informações do Estadão

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