O Brasil está experimentando uma fase de crescimento econômico significativo, impulsionado por um saldo comercial recorde e reformas estruturais que têm atraído investimentos privados, conforme indicado por Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual.
Em uma conferência realizada pela Adyen em São Paulo, Almeida apontou que o país registra o “melhor momento de saldo comercial” das últimas décadas, com previsões de fechar 2024 com um superávit de cerca de US$ 75 bilhões.
O economista destacou a estabilidade da balança comercial como um pilar central para a recuperação econômica do Brasil, mesmo diante dos desafios globais recentes, como a pandemia e as variações nos preços das commodities.
O recorde anterior, antes da pandemia, era de US$ 57 bilhões, mas em 2022, o superávit comercial alcançou o pico de US$ 98,8 bilhões. Para 2024, espera-se que o saldo comercial se mantenha forte, apesar de uma redução nos preços das commodities.
“Antes da pandemia de 2020, o saldo da balança comercial no nosso melhor ano tinha sido de US$ 57 bilhões”, lembrou Mansueto.
Ele também falou sobre o impacto das reformas governamentais que expandiram os investimentos em áreas críticas como infraestrutura e saneamento básico.
Ele elogiou a continuidade dos leilões de concessão pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, destacando o papel crescente do setor privado no desenvolvimento nacional e a redução da dependência de fundos públicos para investimentos estruturais.
Segundo o economista, a manutenção de um alto saldo comercial e o progresso nas concessões a empresas privadas sugerem uma estabilidade econômica prolongada.
Almeida acredita que o atual cenário econômico diminui o risco de crises econômicas futuras, como as enfrentadas em 2015 e 2016, atribuídas a políticas econômicas falhas.
As reformas realizadas nos últimos anos, tanto no âmbito macro quanto microeconômico, foram cruciais para corrigir erros anteriores e assegurar um ambiente econômico mais estável.