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Vitória de Trump é uma má notícia para o governo Lula, diz especialista

A eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos na manhã desta quarta-feira, 6,pode complicar as relações entre os EUA e o Brasil, de acordo com o cientista político Ricardo Ribeiro, vinculado às consultorias MCM e LCA. Trump, que obteve mais de 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para a vitória, representa um desafio […]

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A eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos na manhã desta quarta-feira, 6,pode complicar as relações entre os EUA e o Brasil, de acordo com o cientista político Ricardo Ribeiro, vinculado às consultorias MCM e LCA.

Trump, que obteve mais de 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para a vitória, representa um desafio diplomático para o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ribeiro observa que Lula expôs um risco diplomático ao declarar abertamente seu apoio à candidata democrata Kamala Harris, o que pode agora resultar em uma relação meramente protocolar ou até tensa com o governo Trump, dependendo da postura adotada pelos EUA.

O analista menciona que, embora seja provável que o Brasil busque manter normalidade nas relações comerciais e diplomáticas com os Estados Unidos, as expectativas podem ser desfavoráveis.

“As relações entre os dois governos tendem a ser, na melhor das hipóteses, protocolares. No pior cenário, serão tensas. O grau de animosidade dependerá mais do governo Trump do que do governo Lula, a quem não interessará alimentar atritos com os Estados Unidos”, explicou.

Além disso, o retorno de Trump ao poder também pode reforçar políticas conservadoras no Brasil e na América Latina. Ribeiro sugere que o sucesso de Trump pode animar a direita e causar apreensão na esquerda brasileira, influenciando o cenário político até a eleição presidencial de 2026 no Brasil.

Outro aspecto considerado por Ribeiro é a relação próxima entre a família do ex-presidente Jair Bolsonaro e o círculo de Trump, o que pode gerar mais tensões diplomáticas entre Brasília e Washington a partir de 2025. A participação do bilionário Elon Musk, conhecido por suas divergências com a atual administração brasileira, na campanha de Trump também é vista como um potencial complicador.

No plano internacional, Trump é visto como um impulsionador de governos e figuras de direita, o que poderia beneficiar líderes como Bolsonaro e o presidente argentino Javier Milei.

Por outro lado, Ribeiro antecipa que um novo mandato de Trump poderia enfraquecer instituições multilaterais e a agenda ambiental e climática, áreas nas quais a diplomacia brasileira tentava ganhar destaque.

Com a reeleição de Trump, Ribeiro conclui que o Brasil, especialmente sob o governo Lula, pode se encontrar mais isolado no cenário internacional, reforçando o desapontamento de Lula com o resultado das eleições americanas.

Com informações do Infomoney

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Ewerton Siqueira

07/11/2024 - 10h03

Não dá mais para participar dos comentários e ver qualquer publicações neste O CAFEZINHO. Primeiro que todo comentário é deletado , segundo não há e-mail que sirva. O que que há?


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