À medida que as projeções indicam uma possível vitória de Donald Trump sobre Kamala Harris nas eleições presidenciais dos EUA em 2024, especialistas começam a discutir os possíveis efeitos de seu retorno ao poder.
Pedro Paiva, correspondente da TV 247, sugere que essa mudança pode reforçar movimentos de extrema-direita e intensificar as tensões geopolíticas na América Latina.
Em uma recente transmissão ao vivo, Paiva comentou que um governo Trump poderia beneficiar aliados ideológicos na região, como os seguidores do bolsonarismo no Brasil, e destacou que o México, um país frequentemente mencionado de forma controversa por Trump, seria um ponto de interesse estratégico.
Ele relembrou declarações passadas de Trump sobre uma possível invasão ao México, indicando que a postura combativa do republicano deve persistir.
O correspondente também vinculou a ascensão de figuras como Javier Milei na Argentina à influência de uma política externa republicana voltada para o apoio a lideranças ultraconservadoras.
Essa estratégia, segundo Paiva, faz parte de um esforço mais amplo dos EUA para alimentar uma “máquina de guerra” que não cessaria com Trump, mas que é uma característica duradoura da política externa americana, independente de seu líder.
Paiva prosseguiu, argumentando que a infraestrutura de poder nos EUA, mesmo sob a retórica populista de Trump, continua a favorecer o expansionismo militar e econômico.
Ele prevê impactos diretos para nações latino-americanas que resistam a Washington, além de prever a continuação da guerra na Ucrânia e do conflito na Palestina.
A possível vitória de Trump, que segundo a Edison Research lidera em estados-chave como Pensilvânia, Carolina do Norte e Geórgia, já está sendo discutida por analistas como o prenúncio de uma política externa mais confrontadora.
Este cenário traz preocupações sobre a estabilidade na América Latina e o apoio contínuo a regimes autoritários.
Enquanto isso, Kamala Harris e sua equipe de campanha, incluindo Cedric Richmond, enfatizam que ainda há votos a serem contados em áreas-chave.
A contagem final poderá ser decisiva, mas a discussão já está centrada nas implicações de uma administração Trump reativada para as relações internacionais, especialmente no que tange à América Latina.
Segundo Paiva, os desdobramentos na política externa dos EUA, caso Trump retorne à Casa Branca, não devem ser negligenciados por aqueles que defendem a paz e a soberania dos países latino-americanos.
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