O dólar comercial registrava significativa valorização frente ao real nas primeiras horas desta quarta-feira, 6, influenciado pela eleição presidencial nos Estados Unidos, onde Donald Trump assegurou a presidência após conquistar os votos necessários no Colégio Eleitoral.
Esta movimentação reflete a resposta do mercado à vitória do republicano e ao cenário político nos EUA, considerado polarizado por sua campanha.
Às 9h22, a cotação do dólar à vista mostrava uma alta de 1,66%, sendo negociado a R$ 5,841 para compra e R$ 5,842 para venda, alcançando um pico de R$ 5,862. Paralelamente, na B3, o contrato futuro de dólar com primeiro vencimento apresentava aumento de 1,86%, cotado a 5.873 pontos.
Comparativamente, na sessão anterior, o dólar à vista havia encerrado o dia com uma queda de 0,62%, fixando-se em R$ 5,7472. Em resposta à volatilidade recente, o Banco Central anunciou um leilão de até 14.000 contratos de swap cambial tradicional, visando a rolagem do vencimento programado para 2 de dezembro de 2024.
No âmbito do dólar turismo, as taxas também sofreram ajustes, sendo cotado a R$ 5,853 para compra e R$ 6,033 para venda.
A valorização do dólar não se restringiu ao mercado brasileiro, fortalecendo-se também frente a outras grandes moedas globais, fenômeno impulsionado pelo retorno de Trump à Casa Branca.
Trump, que se tornou o segundo presidente na história dos EUA a ganhar dois mandatos não consecutivos, propôs aumentar tarifas sobre os principais parceiros comerciais do país, uma política que poderia fortalecer ainda mais o dólar.
No cenário doméstico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre os esforços do governo para reforçar o arcabouço fiscal do Brasil.
Segundo Haddad, uma série de reuniões convocadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir medidas fiscais já foi concluída. O próximo passo envolve diálogo com os presidentes das duas casas do Congresso para a análise das propostas fiscais pelos parlamentares.
Este período também é marcado por decisões importantes de política monetária pelo Banco Central e pela divulgação de balanços corporativos, eventos que os investidores acompanham de perto para avaliar o impacto no mercado financeiro brasileiro.
Com informações da InfoMoney
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