Uma reportagem da agência Sputnik Brasil, divulgada em 2 de novembro de 2024, revela que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria vinculado a um plano para interferir politicamente na América Latina.
O plano, conhecido como “Projeto 2025”, foi desenvolvido pela Heritage Foundation com o suporte de várias organizações conservadoras. Segundo o documento de 920 páginas, o objetivo é promover políticas conservadoras em países com governos de esquerda.
O “Projeto 2025” inclui diretrizes para um eventual governo republicano avançar uma agenda neoliberal através de organizações não governamentais (ONGs).
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) seria um dos veículos para o financiamento de movimentos conservadores e ONGs que promovam os interesses americanos, buscando minar políticas progressistas e fortalecer um sistema econômico favorável ao livre mercado, redução de impostos e desregulamentação das leis trabalhistas.
O jornalista Jamil Chade, ao analisar o documento, indica que a USAID promoveria ideias que favorecem o capital estrangeiro e as políticas externas dos EUA, inclusive financiando instituições educacionais e think tanks que apoiam esses princípios. Este esforço inclui também o fortalecimento do Judiciário local para assegurar um ambiente legal que beneficie interesses econômicos e políticos dos Estados Unidos.
O histórico de intervenções da USAID no Brasil, especialmente em projetos na Amazônia, levanta suspeitas sobre os verdadeiros interesses por trás dessas iniciativas, com críticas apontando para uma possível agenda de imposição de políticas estrangeiras que poderiam enfraquecer a soberania nacional.
O “Projeto 2025” sugere que futuras administrações republicanas incentivem o financiamento de campanhas que combatam movimentos socialistas e promovam ideologias conservadoras na região. Esta estratégia de influência através de ONGs faz parte de uma abordagem mais ampla para garantir que o alinhamento político-ideológico da América Latina favoreça os interesses dos Estados Unidos.
A divulgação desses planos tem provocado resistência em vários países latino-americanos, com alguns governos implementando legislações para restringir a atuação de ONGs ligadas a interesses estrangeiros, vistos como uma forma de “imperialismo norte-americano”. Este desenvolvimento ressalta as complexas dinâmicas de poder e influência geopolítica na região.
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