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Presidente do Bradesco apoia corte de gastos elaborado por Haddad e cita ‘voto de confiança’

Marcelo Noronha, presidente do Bradesco, expressou confiança em uma entrevista à coluna Broadcast em relação ao pacote de contenção de gastos que a equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preparando. Ele espera que essas medidas melhorem as expectativas do mercado quanto a inflação e juros e evitem um possível cenário de […]

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Divulgação/Bradesco

Marcelo Noronha, presidente do Bradesco, expressou confiança em uma entrevista à coluna Broadcast em relação ao pacote de contenção de gastos que a equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preparando.

Ele espera que essas medidas melhorem as expectativas do mercado quanto a inflação e juros e evitem um possível cenário de crise com o aumento da dívida pública.

Na entrevista, Noronha detalhou que o plano, que deve ser divulgado em breve, é crucial para evitar que a dívida pública atinja patamares que comprometam a eficácia da política monetária. “O cenário de estresse, na nossa visão, é pouco provável”, comentou, indicando um otimismo sobre a capacidade do governo de entregar resultados positivos.

Ele discutiu também possíveis ajustes na política de reajuste do salário mínimo e a necessidade de moderação na expansão das isenções de imposto de renda para rendas até R$ 5 mil. “O salário mínimo é importante para a sociedade, mas talvez seja o caso de continuar dando aumento real ao redor de 0,5%”, sugeriu Noronha.

Além disso, o executivo ressaltou o apoio do presidente Lula ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na condução das políticas fiscais. Essa relação de suporte é vista como um sinal positivo pelo mercado, que busca sinais de comprometimento do governo com reformas estruturais e fiscais.

“O presidente (Lula) disse que está dando todo o apoio para ele. Temos de ter expectativa positiva e dar esse voto de confiança”, afirmou Noronha.

Noronha também abordou a futura gestão do Banco Central, mostrando-se tranquilo com a nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência após o término do mandato de Roberto Campos Neto.

Ele defendeu a integridade da instituição, destacando a importância da continuidade da diretoria e a influência da política fiscal sobre a taxa de juros.

“Nem o Galípolo nem ninguém colocaria sua reputação em jogo errando na política monetária”, declarou, projetando a possibilidade de uma redução de juros no segundo semestre do próximo ano, caso os ajustes fiscais sejam bem-sucedidos.

As declarações de Noronha refletem um otimismo cauteloso do setor financeiro quanto ao futuro econômico do Brasil, sugerindo uma visão de que com ajustes responsáveis e efetivos, o país poderá estabilizar sua economia e melhorar o ambiente para negócios e investimentos.

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