O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, está sob investigação da Polícia Federal por possível envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
As informações foram publicadas pelo jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, e destacam a posição de Garnier como único entre os três chefes militares a oferecer apoio com suas tropas para a ação golpista.
A investigação aponta também para a participação do ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que é citado como membro de um grupo de oficiais de alta patente que teriam usado suas posições para promover e incentivar o apoio a ações que buscavam manter o então presidente Jair Bolsonaro no poder através de um golpe.
O atual ministro da Defesa, José Múcio, expressou não esperar uma reação pública adversa ao possível indiciamento de Garnier, salientando que as forças armadas — Marinha, Exército e Aeronáutica — estão empenhadas em diferenciar os militares que seguem a legalidade daqueles que se envolveram em crimes.
A Polícia Federal iniciou a Operação Tempus Veritatis em fevereiro de 2024, visando desarticular uma organização criminosa implicada na tentativa de golpe e na ameaça ao Estado Democrático de Direito. Garnier foi um dos 33 alvos das ações de busca e apreensão realizadas durante a operação.
Esta investigação destaca-se como um marco nos esforços para preservar a democracia no Brasil, apurando até que ponto houve envolvimento de altos oficiais militares em atos que buscavam subverter a ordem constitucional e legal do país.