A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, expressou sua insatisfação com a pressão para cortes em investimentos sociais, defendido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Segundo Hoffmann, a grande mídia e o mercado financeiro promovem uma visão que privilegia ajustes fiscais em detrimento dos direitos da população mais vulnerável.
Hoffmann destacou a influência de jornais como Folha de S. Paulo e O Globo, que, segundo ela, pressionam por reduções nos gastos com Saúde, Educação, seguro-desemprego e a desvinculação do BPC e das aposentadorias do salário mínimo.
“Que credibilidade têm os jornais, que se beneficiam de uma injustíssima e danosa isenção de impostos?”, questionou a deputada nas redes sociais.
A líder do PT também criticou a postura do Banco Central em relação à recente alta do dólar, contrastando-a com as múltiplas intervenções cambiais durante o governo Bolsonaro.
Ela apontou para a discrepância entre as demandas por cortes e a falta de críticas à política monetária do BC nos editoriais.
Gleisi ainda mencionou os indicadores positivos da economia brasileira sob a gestão do presidente Lula, incluindo o crescimento do PIB, a melhoria dos indicadores fiscais, o aumento do emprego e dos salários.
Apesar desses avanços, ela alega que o mercado financeiro continua a demandar ajustes, insatisfeito com os resultados econômicos.
Em suas declarações, Hoffmann concluiu criticando o que ela chama de “hipocrisia” no debate econômico brasileiro, apontando para a defesa de ajustes fiscais severos sem considerar as consequências para os direitos sociais e econômicos dos mais vulneráveis.