Após o segundo turno das eleições municipais de 2024, dados revelam que três em cada quatro brasileiros serão governados por prefeitos de partidos da direita tradicional, destacando o fortalecimento dessas siglas no cenário político nacional.
De acordo com os resultados, partidos como PSD, MDB, Progressistas (PP), União Brasil, PL e Republicanos controlarão 4.022 dos 5.569 municípios do país, indicando uma consolidação significativa de poder.
Comparando com eleições passadas, essas siglas administravam 2.652 prefeituras em 2012, 2.774 em 2016 e 3.255 em 2020, com um crescimento constante que reflete sua crescente influência política.
Especialistas apontam que, embora as eleições municipais não determinem diretamente os resultados das corridas presidenciais, elas fornecem previsões valiosas para as futuras eleições do Congresso Nacional.
A performance do PSD se destaca particularmente, com um aumento de 35% no número de prefeituras controladas desde as últimas eleições, alcançando um total de 887.
Este crescimento torna o PSD uma força política central, superando o tradicional MDB em capilaridade pela primeira vez em duas décadas. O MDB também cresceu, mas em ritmo mais moderado, passando de 793 para 856 prefeituras desde 2020.
O Progressistas segue com um desempenho forte, refletido na reeleição de Arthur Lira como presidente da Câmara dos Deputados, com a sigla aumentando sua presença de 690 para 746 prefeituras.
União Brasil e PL também mostraram ganhos, com o PL aumentando 50% suas prefeituras, destacando sua influência crescente, especialmente nas cidades com mais de 200 mil habitantes, onde elegeu 16 prefeitos.
Em contraste, partidos tradicionais como o PT e o PSDB mostram sinais de enfraquecimento. O PT, apesar de uma recuperação em 2024, ainda não recuperou sua posição prévia às crises políticas recentes, enquanto o PSDB continua a perder terreno significativamente desde 2016.
Nas capitais, a competição entre PSD e MDB foi intensa, com cada partido elegendo cinco prefeitos. PL e União Brasil não ficaram muito atrás, com quatro prefeitos cada, mostrando que a disputa pelo controle das grandes cidades foi acirrada.
Esses resultados sublinham a importância dos partidos do “centrão” não apenas em termos de número de prefeituras controladas, mas também como indicativo de suas futuras capacidades de influenciar legislações e políticas em níveis estadual e nacional.
A dominância desses partidos nas eleições municipais sinaliza uma maior dependência do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e seus sucessores das forças do “centrão” para governar efetivamente, apontando para uma dinâmica política que deve persistir nos próximos anos.
Com informações da InfoMoney