Rumo ao desastre? Gases de efeito estufa batem recorde histórico

A última vez que a Terra teve uma concentração similar de CO₂ foi há cerca de 3 a 5 milhões de anos / Reprodução

Aumento preocupante! A constante queima de combustíveis fósseis pela indústria e os grandes incêndios florestais causaram um impacto gigante no meio ambiente


A quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera atingiu um novo recorde alarmante em 2023, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira (28) pela Organização Meteorológica Mundial. Grandes incêndios florestais e a constante queima de combustíveis fósseis pela indústria estão entre as principais causas desse aumento preocupante, conforme apontado no Boletim Anual de Gases de Efeito Estufa da organização.

O dióxido de carbono (CO₂), em especial, está se acumulando a uma velocidade inédita na história da humanidade.

Esse aumento flutuou ao longo dos anos, mas nunca diminuiu. Atualmente, nosso planeta carrega 10% mais CO₂ na atmosfera do que há duas décadas.

Com os incêndios florestais liberando carbono e o oceano aquecido absorvendo menos CO₂, o acúmulo de gases na atmosfera tem acelerado o aquecimento global / Agência Brasil

Tradicionalmente, o oceano e ecossistemas como as florestas atuam como “pias” para absorver os gases de efeito estufa.

Porém, com os incêndios florestais liberando carbono e o oceano aquecido absorvendo menos CO₂, o acúmulo de gases na atmosfera tem acelerado o aquecimento global. Esse processo de acumulação gera um “ciclo vicioso”, alerta Ko Barrett, Secretária-Geral Adjunta da Organização Meteorológica Mundial.

A entidade observa que a última vez que a Terra teve uma concentração similar de CO₂ foi há cerca de 3 a 5 milhões de anos, quando as temperaturas eram até 3 graus mais altas e o nível do mar ficava de 10 a 20 metros acima do atual.

Este alerta será uma pauta central na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, programada para novembro no Azerbaijão.

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