Exercício histórico! China realiza manobra com dois porta-aviões no Mar do Sul e exibe poderio naval e inovação militar sem precedentes
Pela primeira vez, a Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA) da China conduziu um exercício de formação com dois porta-aviões, Liaoning e Shandong, no Mar da China Meridional. Essa operação marca um avanço significativo para as forças navais chinesas, demonstrando a capacidade de combate de um grupo de porta-aviões duplo, o que vai além da simples soma de dois navios. Especialistas destacam que, ao operar juntos, esses porta-aviões realizam missões mais variadas e complexas, elevando a estratégia militar da China a um novo patamar.
O exercício faz parte do treinamento regular de combate da formação de porta-aviões Liaoning em alto mar, que incluiu manobras no Mar Amarelo, no Mar da China Oriental e no Mar da China Meridional, em cenários simulando condições de combate reais. Realizado durante o Festival do Meio do Outono e os feriados do Dia Nacional, o exercício simbolizou a prontidão constante das forças navais chinesas.
Fotos divulgadas pela Marinha do PLA revelam a dimensão do exercício, com pelo menos 11 embarcações de escolta – incluindo contratorpedeiros, fragatas e navios de reabastecimento – acompanhando os porta-aviões.
Além disso, diversos caças J-15 embarcados nos porta-aviões decolaram e realizaram sobrevoos da formação, exemplificando a robustez do poder aéreo da frota.
Song Zhongping, especialista militar chinês, comentou ao Global Times que a capacidade de combate de um grupo de porta-aviões duplo como o da China não é meramente a soma dos recursos de ambos os porta-aviões.
Liaoning e Shandong possuem características distintas, com capacidades únicas de defesa aérea, guerra antissubmarina e operações antinavio, graças às suas diferentes embarcações de escolta e ao número de aeronaves transportadas.
Wang Ya’nan, editor-chefe da revista Aerospace Knowledge, destacou a possibilidade de especialização tática dos porta-aviões. Segundo ele, essa configuração permite que um porta-aviões se concentre em ataques de superfície enquanto o outro assume a defesa aérea e a superioridade no espaço aéreo.
Esse tipo de coordenação operacional, ele afirma, é um diferencial que posiciona a Marinha do PLA entre as mais avançadas do mundo e demanda um alto padrão técnico.
Wang acredita que este é apenas o começo e prevê que exercícios com porta-aviões duplos se tornem cada vez mais comuns.
Ele sugere que, futuramente, grandes navios de guerra, como embarcações de assalto anfíbio, também integrem o grupo, ampliando ainda mais a capacidade de resposta da marinha chinesa em situações complexas de combate.
Essa capacidade de operação com porta-aviões duplos fortalece a defesa marítima da China, além de proteger sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento na região.
Atualmente, a Marinha do PLA opera os porta-aviões Liaoning e Shandong, mas o arsenal naval chinês está prestes a se expandir ainda mais.
O terceiro porta-aviões, Fujian, lançado em 17 de junho de 2022, iniciou seus testes no mar em 1º de maio de 2024 e representa uma nova era na capacidade naval chinesa, sendo o primeiro equipado com catapultas eletromagnéticas.
A China demonstra, com essa operação e o contínuo desenvolvimento de sua frota de porta-aviões, uma visão estratégica de crescimento e fortalecimento militar no cenário global, reiterando seu compromisso com uma marinha forte e tecnologicamente avançada.
Confira o momento
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!