Rui Costa diz que Lula vai dá ‘sinal verde’ para novo corte de gastos

REPRODUÇÃO

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está prestes a implementar medidas para adequar as despesas do governo à meta fiscal estabelecida.

Em declaração à coluna de Valdo Cruz, no portal g1, Costa enfatizou que ajustes são iminentes: “Quem apostar contra o Brasil vai perder, o presidente Lula vai fazer os ajustes necessários para manter o crescimento do país, assegurar investimentos e cumprir o arcabouço fiscal, enquadrando as despesas dentro das regras da meta fiscal”.

Segundo o ministro, a equipe econômica já apresentou a Lula uma visão geral das medidas fiscais, que estão em fase de detalhamento técnico e jurídico. Costa expressou confiança na aprovação do pacote pelo presidente nos próximos dias.

Entretanto, uma declaração recente do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que não há uma data específica para o lançamento das medidas, provocou uma reação negativa no mercado financeiro.

No fechamento do mercado na última terça-feira, 29, o dólar atingiu R$ 5,76, a maior alta desde março de 2021. Esse aumento foi atribuído a um cenário externo adverso e às incertezas sobre o anúncio do pacote fiscal.

O clima de incerteza também teve reflexo nos investimentos estrangeiros diretos, que somaram US$ 5,23 bilhões em setembro, ficando abaixo das expectativas de US$ 5,60 bilhões. Segundo fontes, essa situação gerou descontentamento em Lula, especialmente com o mercado financeiro baseado na região da Faria Lima, em São Paulo, conhecida por abrigar importantes instituições financeiras.

Assessores presidenciais afirmaram que Lula não baseará suas decisões na pressão do mercado, mas seguirá sua própria agenda. Espera-se que o pacote fiscal, a ser apresentado, seja substancial o suficiente para restaurar a credibilidade junto a investidores nacionais e internacionais, em contraposição aos especuladores de mercado.

Nesta quarta-feira, 30, está prevista uma reunião entre Rui Costa, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e técnicos dos dois ministérios, para finalizar os detalhes das medidas fiscais.

Redação:
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.