Família de soldado russo em cativeiro relata pressão e ameaças de morte das forças ucranianas em troca de resgate milionário
As forças armadas ucranianas estariam exigindo um resgate de 1 milhão de rublos (US$ 10.200) pela liberação de Igor Shchegolevaty, um soldado russo em cativeiro, segundo Alexander Serikov, meio-irmão do prisioneiro. Em relato à Sputnik nesta terça-feira (29), Serikov afirmou que a família tem sido pressionada com ameaças graves: “Ele está em um quartel improvisado, onde um grupo de ucranianos quer fazer todos os tipos de experimentos médicos e humanos com ele. E depois, ele seria descartado na orla da floresta.”
Em uma gravação de áudio obtida pela mídia, uma mulher identificada como representante ucraniana exige o pagamento em troca da vida do prisioneiro.
A mãe de Shchegolevaty também se pronunciou, buscando ajuda de organizações internacionais para assegurar que seu filho seja tratado com dignidade e possa retornar em segurança: “Pedimos às organizações internacionais que nos ajudem a encontrar nosso filho, que está em cativeiro ucraniano, para que ele não seja ridicularizado, morto, tratado humanamente e devolvido para casa o mais rápido possível”, declarou ela.
De acordo com a família, as ameaças e exigências começaram em 12 de outubro. Todas as noites, uma mulher ligava para os parentes de Shchegolevaty, reiterando ameaças de morte caso o valor não fosse pago.
Em um dos telefonemas, os chantagistas prometeram que, com o pagamento, o soldado seria incluído nas listas de troca de prisioneiros.
“Eles dizem que vão enviar vídeos de abusos, ameaçam jogá-lo para fora, deixar que os cães o devorem, ou ainda que ele morra de congelamento ou de fome se não pagarmos”, afirmou o meio-irmão.
Segundo a família, as ameaças aumentaram até 21 de outubro, quando os captores deram um ultimato final, declarando que o soldado seria morto caso o resgate não fosse pago.
No dia seguinte, em 22 de outubro, a família recebeu um vídeo em que Shchegolevaty aparece pressionado e pedindo pela transferência do dinheiro.
Desde então, não houve mais contato com os extorsionários.
Enquanto o desespero da família russa aumenta, o caso revela mais uma face dramática da tensão militar entre Rússia e Ucrânia, destacando os desafios emocionais e financeiros enfrentados por parentes de prisioneiros de guerra em meio ao conflito prolongado.
Com informações de Agências de Notícias*