Paulo Pimenta, Ministro da Secretaria de Comunicação Social, declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a figura central da política brasileira, uma visão que foi reforçada, segundo ele, pelo resultado das últimas eleições municipais.
Durante uma entrevista ao programa Estúdio I da GloboNews, Pimenta afirmou: “O centro é o Lula hoje. O centro político do Brasil é o Lula. O centro se aglutina em torno do Lula e isolou a extrema direita. Esse é o resultado da eleição”.
O ministro destacou a capacidade de Lula de transcender tanto o seu partido, o PT, quanto o próprio governo, descrevendo-o como uma figura maior do que as instituições que representa.
Comparando o atual presidente com seu antecessor, Jair Bolsonaro, Pimenta salientou:
“O governo é muito maior do que o PT. E Lula é maior do que o PT e do que o governo. Quando olhamos para a conjuntura do país, ninguém pode dizer que o Brasil tem dois extremos, um é Bolsonaro e o outro é o Lula. Lula é conciliador, um democrata que se relaciona de forma republicana com todos os setores da sociedade e que tem respeito às instituições”.
Além disso, Pimenta refletiu sobre as lições que o PT deve tirar das eleições municipais, indicando a necessidade de o partido se reconectar com o eleitorado e expandir seus discursos para novos territórios.
“Temos que ter humildade de fazer um balanço para ver o que precisa melhorar. Hoje, vivemos um processo de reafirmação”, disse ele.
Embora o PT tenha conseguido eleger 252 prefeitos, os resultados obtidos no estado de São Paulo foram descritos como alarmantes pelo ministro, destacando o pior desempenho histórico do partido na região, que é considerada seu berço político.
O partido conseguiu apenas quatro prefeituras em todo o estado, representando cerca de 1,1% da população total de São Paulo.
Pimenta também abordou a importância de adaptar os temas de empreendedorismo nos projetos do partido, visando melhorar a comunicação com o eleitorado.
Ele ressaltou a rejeição popular à extrema direita nas urnas, enfatizando:
“O recado é a urna fala e a gente tem que saber ouvir. Temos que ouvir o eleitor. O grande recado foi a derrota da extrema direita. Ninguém questionou a urna [eletrônica], nenhum candidato que estava no 8 de janeiro se elegeu, nenhum candidato lançado por Bolsonaro se elegeu. O recado é uma afirmação da democracia”, concluiu.