A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais nesta segunda-feira, 28, para contestar as recentes declarações de Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais.
Padilha havia mencionado mais cedo que o partido se encontrava na “zona do rebaixamento” e destacou a necessidade de uma autoavaliação após os resultados das eleições municipais.
Hoffmann refutou as observações de Padilha, argumentando que os desafios enfrentados pelo PT decorrem de sua participação em um governo de coalizão ampla, onde Padilha desempenha um papel significativo.
Ela postou na rede social X: “Temos de refrescar a memória do ministro Padilha, o que aconteceu conosco desde 2016 e a base de centro e direita do Congresso, que se reproduz nas eleições municipais, que ele bem conhece. Pagamos o preço, como partido, de estar num governo de ampla coalizão. E estamos numa ofensiva da extrema direita”.
Além disso, Hoffmann criticou Padilha por suas palavras contra o partido, sugerindo que ele deveria concentrar-se mais nas articulações políticas governamentais e respeitar os esforços do partido.
“Ofender o partido, fazendo graça, e diminuir nosso esforço nacional não contribui para alterar essa correlação de forças. Padilha devia focar nas articulações políticas do governo, de sua responsabilidade, que ajudaram a chegar a esses resultados. Mais respeito com o partido que lutou por Lula Livre e Lula Presidente, quando poucos acreditavam”, afirmou.
Vale destacar que o PT elegeu apenas 252 prefeitos nas eleições municipais de 2024, incluindo o ‘gol de honra’ com uma vitória em Fortaleza (CE), apresentando um fraco desempenho em relação aos 183 prefeitos eleitos em 2020.
No entanto, o partido não alcançou as expectativas em várias cidades, o que também gerou críticas de outro ministro, Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.