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Caiado sinaliza esgotamento da direita com Bolsonaro

Em entrevista recente ao Estadão, Ronaldo Caiado, governador de Goiás, criticou fortemente o estilo político de Jair Bolsonaro e destacou o declínio do bolsonarismo evidenciado nas eleições municipais de 2024. Caiado, que é filiado ao União Brasil, apontou o desgaste do discurso “extremista” e “impositivo” como principal razão para a derrota dos candidatos apoiados por […]

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Lula Marques/Agência Brasil

Em entrevista recente ao Estadão, Ronaldo Caiado, governador de Goiás, criticou fortemente o estilo político de Jair Bolsonaro e destacou o declínio do bolsonarismo evidenciado nas eleições municipais de 2024.

Caiado, que é filiado ao União Brasil, apontou o desgaste do discurso “extremista” e “impositivo” como principal razão para a derrota dos candidatos apoiados por Bolsonaro, ressaltando que o resultado reflete um cansaço nacional com essa abordagem política.

O governador, aos 75 anos, confirmou sua intenção de concorrer à presidência em 2026, mesmo diante da possível concorrência de outros nomes da direita.

Ele atribuiu a perda de apoio a Bolsonaro à falta de diálogo com os próprios aliados, o que teria enfraquecido sua base política, especialmente nas capitais. Em Goiânia, o candidato de Caiado superou o apoiado por Bolsonaro, o que o governador interpretou como um “recado claro” do eleitorado.

“Para ganhar uma eleição, é preciso respeitar a vontade da população e das lideranças locais. Não é só impor números e achar que o eleitor não percebe a qualidade do candidato,” explicou Caiado.

Durante a entrevista, Caiado descreveu as eleições de 2024 como uma “lição de humildade” e uma “aula de política”.

Ele criticou os “falsos dilemas ideológicos” e a “conversa polarizadora” promovida pelo bolsonarismo, que, segundo ele, estão desconectados das reais necessidades da população, como emprego, saúde e educação.

O governador também enfrentou questionamentos sobre a utilização de programas estaduais para benefício próprio. “As pessoas querem emprego, saúde, educação. Não querem ouvir mais sobre ‘comunistas versus patriotas’. Esses discursos são cansativos e distantes das reais necessidades do povo”, afirmou.

Ele defendeu o Goiás Social, programa acusado de favorecer sua campanha através da distribuição de cestas básicas, alegando que as críticas são infundadas e que as reuniões no Palácio das Esmeraldas após as eleições são parte de uma tradição, não uma manobra política.

Caiado criticou a estratégia de Bolsonaro de lançar candidatos sem consultas às lideranças locais, o que teria contribuído para as derrotas em Goiás e em outras regiões. “Eles perderam por querer impor uma candidatura sem sintonia com as lideranças estaduais. Espero que isso sirva de lição para ele e para o PL”, criticou.

Ele enfatizou que não há “dono da direita” no Brasil e que a experiência das eleições demonstrou a importância de respeitar as lideranças locais e de construir alianças sólidas. “Bolsonaro tem que entender que liderança é diálogo, não imposição. O eleitorado está cansado de radicalismos e quer propostas concretas”, disse o governador.

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