Durante uma entrevista à GloboNews nesta segunda-feira, 28, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, expressou a necessidade de renovação no Partido dos Trabalhadores (PT) diante dos resultados das eleições municipais.
Segundo o ministro, embora o PT tenha registrado avanços em algumas regiões, como a vitória em Fortaleza (CE), o partido não atendeu às expectativas em muitas outras cidades.
Pimenta destacou que o ambiente de trabalho atual difere significativamente das décadas passadas e que o PT precisa adaptar seu programa para refletir essas mudanças.
“O PT precisa se atualizar do ponto de vista programático, é um partido que foi pensado para um mundo do trabalho muito diferente do que é hoje”, afirmou.
Ele salientou a importância de incluir no diálogo setores como o empreendedorismo e pessoas que optaram por estilos de vida alternativos, que atualmente não se veem representados no programa do partido.
“Temos que abrir diálogo com outros setores, o empreendedorismo, pessoas que escolheram outras formas de viver. Isso estava fora do nosso programa, e esses setores da sociedade precisam se enxergar no partido”, salientou.
Além disso, o ministro apontou para a necessidade de uma maior aproximação com as periferias, sugerindo que a estratégia atual do partido pode estar desatualizada e desconectada das realidades dessas comunidades.
Na mesma entrevista, Pimenta avaliou os resultados eleitorais como um revés para o bolsonarismo e a extrema-direita no Brasil. Ele comentou sobre a ausência de questionamentos significativos sobre a integridade das urnas eletrônicas e mencionou a derrota de candidatos associados a movimentos de extrema-direita, especificamente aqueles que se identificaram com eventos controversos como o “8 de janeiro”.
“Foi a derrota da extrema-direita. Não vimos ninguém questionando urna eletrônica, (…) havia 48 candidatos e candidatas que tinham o slogan ‘eu participei do 8 de janeiro’, e nenhum se elegeu”, destacou Pimenta.
Essas declarações indicam um momento de reflexão e possível redirecionamento para o PT, à medida que busca renovar sua abordagem e estratégias para permanecer relevante no cenário político brasileiro, especialmente em antecipação às próximas eleições gerais.