O impacto das emendas PIX nas eleições municipais

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As eleições municipais no Brasil, concluídas no último domingo, 27, destacaram o impacto das chamadas “emendas Pix” nos resultados eleitorais, especialmente na reeleição de prefeitos.

Segundo dados do jornal O Globo, em 112 municípios que mais receberam tais repasses federais, onde os prefeitos concorreram à reeleição, 93,7% conseguiram renovar seus mandatos.

As “transferências especiais”, como são oficialmente conhecidas, foram instituídas em 2019. Este mecanismo permite o envio direto de fundos federais para as prefeituras, sem a necessidade de convênios ou procedimentos burocráticos para a liberação das verbas. Isso proporciona aos prefeitos a autonomia completa sobre a aplicação dos recursos.

Durante o primeiro turno das eleições, o método contribuiu para um índice de reeleição de 81,4%, o mais alto já observado nas eleições municipais do país, superando o recorde anterior de 63,7% estabelecido em 2008.

Entre as exceções no segundo turno, está o município de Diadema (SP), onde o prefeito Filippi (PT) não conseguiu se reeleger, sendo derrotado por Taka Yamauchi (MDB).

No entanto, em outras grandes cidades, como Campo Grande (MS) e Porto Alegre (RS), os prefeitos Adriane Lopes (PP) e Sebastião Melo (MDB) foram reeleitos, respectivamente.

Ambos os municípios se beneficiaram significativamente das emendas Pix, com Campo Grande recebendo aproximadamente R$ 43 milhões e Porto Alegre, que sofreu com enchentes severas no início do ano, recebendo cerca de R$ 25 milhões.

Além disso, em 66 municípios que receberam as emendas, mas cujos prefeitos não buscavam a reeleição, aliados dos gestores atuais venceram em 47 desses locais.

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