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Análise: 2º turno confirma ‘banho de urna’ da direita tradicional

As eleições municipais de 2024 confirmaram a predominância de partidos de direita e centro-direita no comando das prefeituras brasileiras. O PSD, liderado por Gilberto Kassab, emergiu como o partido com o maior número de prefeituras no país, superando o MDB. Com um total de cinco capitais sob sua administração, incluindo Florianópolis, Rio de Janeiro, São […]

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Edilson Dantas/O Globo

As eleições municipais de 2024 confirmaram a predominância de partidos de direita e centro-direita no comando das prefeituras brasileiras.

O PSD, liderado por Gilberto Kassab, emergiu como o partido com o maior número de prefeituras no país, superando o MDB.

Com um total de cinco capitais sob sua administração, incluindo Florianópolis, Rio de Janeiro, São Luís, Curitiba e Belo Horizonte, o PSD igualou-se ao MDB em termos de influência nas capitais.

O segundo turno também destacou a vitória de governadores de direita que enfrentaram candidatos associados ao “bolsonarismo raiz“, consolidando uma nova dinâmica política.

Em Goiânia, Sandro Mabel (União) foi eleito apoiado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Em Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD) garantiu a prefeitura, uma vitória atribuída ao apoio do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).

Apesar do aumento de 50% no número de prefeituras sob sua gestão, o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, enfrentou duras derrotas em cidades importantes como Fortaleza, Goiânia, Belém e Manaus.

Já o PT, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, viu um crescimento tímido no controle de prefeituras, seguindo atrás dos partidos de direita.

O partido celebrou o seu ‘gol de honra‘ com a vitória apertadíssima de Evandro Leitão em Fortaleza, a única capital que o partido passará a administrar a partir de 2025.

Entre os grandes derrotados, o PSDB e o PDT sofreram perdas brutais, com o PSDB não elegendo nenhum vereador em São Paulo e o PDT enfrentando reveses no Ceará após a guinada bolsonarista do grupo liderado por Ciro Gomes.

A eleição de 2024 também revelou Pablo Marçal (PRTB), que, apesar de não avançar para o segundo turno em São Paulo, se destacou como uma nova figura política da direita.

O ex-presidente Bolsonaro, que passou o dia da eleição em Goiânia, apoiou a candidatura de Fred Rodrigues (PL), mas a vitória foi para Sandro Mabel (União) com 55% dos votos.

Essa eleição também escancarou o distanciamento de Bolsonaro com outras lideranças da direita como o próprio Caiado, que afirmou que “a direita não tem dono” em uma tentativa de amenizar a percepção de divisões internas.

Em outros estados, governadores também demonstraram influência, com Helder Barbalho (MDB) assegurando a eleição de Igor Normando (MDB) em Belém e Elmano de Freitas (PT) garantindo a vitória de Evandro Leitão (PT) em Fortaleza, onde o PL foi derrotado.

Ou seja, os resultados do segundo turno reafirmaram a tendência observada no primeiro turno, com um aumento no número de prefeituras sob comando de partidos de direita e centro-direita, prevendo um cenário político dominado por estas forças em 2025 e que, de um certo modo, poderá influenciar nas eleições de 2026.

Entre os partidos mais bem-sucedidos, estão o PSD, MDB, PP, União Brasil, PL e Republicanos, todos registrando crescimento em comparação às eleições de 2020.

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Gabriel Barbosa

Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb

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Comentários

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Luiz Henrique

02/11/2024 - 20h21

Enquanto a esquerda não criar uma MÍDIA relevante a seu favor, vão pedir para que “saia da zona de rebaixamento” e faça autocrítica.

Luiz Henrique

02/11/2024 - 20h16

O que uma emenda Pix não faz…

Tiago Silva

31/10/2024 - 00h18

Constatações dessas eleições 2024:

1) No 1° Turno a Extrema-Direita Bolsonarista avançou sobre o terreno sempre ocupado pela Direita (PP, PSD, União Brasil, MDB, etc), tanto em número de prefeituras e vereadores, como em número de eleitores.

2) A combinação “Emenda Pix” com a estabilidade econômica propiciou a um índice de reeleições recorde.

3) Quando a Esquerda caminhou para o “Centro” (como em SP e RS)… acabou perdendo a credibilidade que promoveria alguma.mudança no status quo que a população (inclusive periferias) que sofre com neoliberalismo acabou dando voto em bolsonaristas.

4) Onde o candidato de esquerda se polarizou, como em Fortaleza, aí ganhou do Bolsonarismo.

5) Nos 2° Turnos, os eleitores de esquerda votando em partidos de Direita (PP, PSD, União Brasil, MDB, etc) fizeram com que esses derrotassem o Bolsonarismo.

Ou seja, ou à Esquerda busca novamente se mostrar como esquerda… ou deixará de ser relevante nessa sociedade que algoritmos de redes sociais que incentivam polarizações.

E teve muito eleitor das maiores cidades que não se engajaram para votar com índices altíssimos de Abstenção que também é proporcionado pela falta de confiança em candidatos de esquerda que não se mostram como de esquerda e assim causam apatia e desencantamento de eleitores.

Ronei

28/10/2024 - 12h41

Adeus PT.


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