China desafia os EUA e avança na produção de chips de 5 nm e 3 nm

A Xiaomi é uma empresa chinesa que desenvolve e fabrica produtos eletrônicos, como smartphones, tablets, pulseiras inteligentes e Smart TVs / Reprodução

CEO da ASML revela que a China avançou na corrida tecnológica. Desafiando as restrições dos EUA, país segue com produção de chips de 5 nm e 3 nm! Entenda os bastidores da guerra tecnológica


Apesar das restrições impostas pelos Estados Unidos, a China pode estar se preparando para dar um salto tecnológico significativo na produção de chips avançados. Segundo a fabricante holandesa de equipamentos para chips ASML, que recentemente anunciou uma redução em sua previsão para 2025, a China pode ser capaz de produzir chips nos nós de 5 nm e 3 nm, mesmo sob limitações impostas pela tecnologia de litografia DUV mais antiga.

Em um comunicado recente, o CEO da ASML, Christophe Fouquet, mencionou que, tradicionalmente, a China representa cerca de 20% das vendas da empresa, e ele espera que essa demanda retorne aos níveis anteriores até 2025.

Segundo Fouquet, a demanda chinesa tem se concentrado em chips legados baseados em tecnologia mais antiga, mas ele reconhece que o país pode ser capaz de produzir chips de 5 nm e 3 nm com capacidades limitadas, desafiando assim o domínio tecnológico dos Estados Unidos e de seus aliados.

Inovações tecnológicas chinesas seguem avançando

A afirmação de Fouquet surge em um momento em que a Xiaomi supostamente concluiu o desenvolvimento de seu primeiro SoC de 3 nm, que pode ser lançado já no próximo ano.

Se confirmada, essa inovação não só impulsionará a posição da Xiaomi, mas também poderá beneficiar empresas como a HiSilicon, da Huawei, ajudando outras companhias chinesas a aprimorar seus designs de chips e expandir suas capacidades tecnológicas.

Esses avanços demonstram que a China está determinada a superar as sanções e fortalecer sua presença no mercado global de semicondutores.

EUA mantêm pressão, mas China se fortalece

Por outro lado, Fouquet afirmou em uma reportagem da Reuters que as restrições dos EUA à exportação de tecnologia para a China devem continuar, independentemente do resultado das próximas eleições presidenciais americanas.

A Europa e a Holanda, segundo ele, estão em um debate intenso sobre se essas restrições são motivadas por segurança nacional ou por interesses comerciais, e se realmente têm eficácia no longo prazo.

O CEO ainda destacou que até empresas americanas estão questionando se essas regulamentações trazem mais benefícios ou prejuízos ao mercado global.

No entanto, a China segue explorando novas oportunidades de inovação, aproveitando suas capacidades e experiência para contornar as barreiras impostas.

ASML ajusta projeções e reconhece a força do mercado chinês

ASML ajustou sua previsão de vendas líquidas para 2025, agora estimando uma faixa entre € 30 bilhões a € 35 bilhões, abaixo da previsão anterior de € 40 bilhões.

O declínio recente da receita da ASML não se deve apenas à situação na China, mas também ao desempenho abaixo do esperado de clientes-chave como Intel e Samsung, conforme relatório da Wccftech.

Em sua revisão mais recente, a ASML ajustou sua previsão de vendas líquidas para 2025, agora estimando uma faixa entre € 30 bilhões a € 35 bilhões, abaixo da previsão anterior de € 40 bilhões. A empresa também relatou reservas de € 2,6 bilhões no terceiro trimestre, valor que ficou aquém das expectativas dos analistas.

Mesmo com esse cenário, a China permanece como um dos principais mercados e uma força emergente no setor de semicondutores, demonstrando resiliência e inovação em meio às adversidades.

Com as empresas chinesas se movendo rapidamente para desenvolver e lançar tecnologias avançadas, o país prova que não está apenas resistindo às pressões globais, mas também abrindo caminho para uma nova era tecnológica.

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