O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Israel para 2025, reduzindo a estimativa de 5,4% para 2,7%, conforme reportado pelo jornal israelense Globes. A revisão decorre dos efeitos da expansão regional do conflito no país e das ações em Gaza.
Para 2024, o FMI antecipa um crescimento real em Israel de apenas 0,7%, o que representa uma queda em termos per capita. Segundo análises, se Tel Aviv cessasse suas operações militares este ano, a economia cresceria lentamente até 2029, podendo alcançar quase quatro por cento de crescimento.
Um relatório do jornal hebraico Yedioth Ahronoth, baseado em dados oficiais, detalha que o conflito israelense gerou um custo de US$ 6,6 bilhões (25 bilhões de shekels) no último ano.
Os custos diários de operações militares em larga escala na Faixa de Gaza e no Líbano atingiram aproximadamente US$ 133 milhões (500 milhões de shekels) por dia.
Este relatório também menciona o alto custo de operações específicas, como o ataque que resultou na morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e que incluiu o lançamento de bombas em Beirute, custando US$ 6,6 milhões.
O jornal cita uma fonte do Ministério das Finanças de Israel, que mencionou complicações adicionais devido ao atraso de um pacote de ajuda financeira dos Estados Unidos, previsto para este ano mas postergado para o próximo. Este atraso forçou uma terceira revisão do orçamento de 2024 do país.
A continuação do conflito tem efeitos devastadores na economia local, com a previsão de fechamento de até 60.000 empresas até o final do ano devido à deterioração da situação econômica. A indústria do turismo também sofre grandes prejuízos devido aos cancelamentos contínuos por parte de grandes companhias aéreas.
Recentemente, a agência global de crédito S&P rebaixou a classificação de crédito de Israel de A+ para A, prevendo um crescimento econômico nulo para este ano. Outras agências de crédito ocidentais, como Moody’s e Fitch, também rebaixaram as classificações de crédito de Israel, citando um aumento significativo do risco geopolítico.