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Datafolha também revela queda na vantagem de Ricardo Nunes sobre Guilherme Boulos

Pesquisa Datafolha mostra que Ricardo Nunes ainda lidera, mas vantagem diminui; Boulos avança na rejeição e entre eleitores de maior renda. A pesquisa Datafolha mais recente para o segundo turno das eleições em São Paulo indica uma redução na vantagem de Ricardo Nunes (MDB) sobre Guilherme Boulos (PSOL). O levantamento foi realizado nos dias 22 […]

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Guilherme Boulos e Ricardo Nunes. Fotos: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e Rovena Rosa/Agência Brasil

Pesquisa Datafolha mostra que Ricardo Nunes ainda lidera, mas vantagem diminui; Boulos avança na rejeição e entre eleitores de maior renda.


A pesquisa Datafolha mais recente para o segundo turno das eleições em São Paulo indica uma redução na vantagem de Ricardo Nunes (MDB) sobre Guilherme Boulos (PSOL). O levantamento foi realizado nos dias 22 e 23 de outubro, com 1.204 eleitores de 16 anos ou mais na cidade de São Paulo. Registrada no TSE sob o número SP-07060/2024, a pesquisa tem uma margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Números da pesquisa Datafolha em São Paulo

Desde o início do segundo turno, as intenções de voto em Ricardo Nunes caíram de 55% para 49%, enquanto Guilherme Boulos subiu de 33% para 35%. Isso representa uma redução de 18 para 14 pontos percentuais na diferença entre os dois candidatos, sinalizando um cenário mais competitivo. No entanto, a liderança de Nunes ainda é significativa, especialmente entre os eleitores de menor renda.

Desempenho por faixa de renda

A pesquisa Datafolha mostra que Ricardo Nunes tem melhor desempenho entre eleitores de renda familiar de até cinco salários mínimos, onde lidera com 55%. Guilherme Boulos, por outro lado, consegue maior apoio entre os eleitores de renda superior a cinco salários mínimos, alcançando 51%. Essa diferença reflete a dificuldade de Boulos em captar votos entre os eleitores de menor renda, um segmento historicamente mais alinhado com políticas sociais diretas.

Apoio dos eleitores de Lula e Bolsonaro

Um aspecto relevante da pesquisa é a distribuição do voto entre os eleitores de Lula e Bolsonaro em 2022. De acordo com o Datafolha, 84% dos eleitores de Bolsonaro apoiam Nunes, enquanto 66% dos eleitores de Lula optam por Boulos. Nunes também consegue atrair 26% dos eleitores de Lula, enquanto Boulos não consegue romper a barreira dos eleitores bolsonaristas, recebendo apenas 9% desse grupo.

Rejeição e decisão de voto

A rejeição permanece um desafio para ambos os candidatos. A taxa de rejeição de Boulos caiu de 58% para 55%, mostrando uma pequena melhora, mas insuficiente para garantir uma virada. Por outro lado, a rejeição de Nunes se mantém estável, o que lhe dá uma posição relativamente confortável. É importante ressaltar que 86% dos eleitores afirmam estar decididos sobre seu voto, enquanto apenas 14% dizem que ainda podem mudar de ideia, limitando as chances de mudanças drásticas até o dia da votação.

Estratégias de campanha e cenário final

As estratégias de campanha refletem a tentativa de cada candidato de consolidar seu eleitorado. Ricardo Nunes busca manter seu apoio nas periferias, destacando ações de infraestrutura e serviços básicos, enquanto Boulos tenta se aproximar do eleitorado de centro-esquerda, moderando o discurso e reforçando a imagem de uma gestão mais inclusiva.

Com a proximidade do segundo turno, o cenário permanece incerto. A vantagem de Nunes é confortável, mas a mobilização no dia da eleição e a abstenção podem impactar o resultado final. No entanto, a diminuição na diferença entre os candidatos sugere um segundo turno mais competitivo do que o esperado.

A poucos dias da votação, a eleição para a prefeitura de São Paulo apresenta um cenário mais equilibrado. A redução na vantagem de Ricardo Nunes pode indicar um crescimento de Guilherme Boulos, mas a liderança de Nunes ainda é robusta. A alta taxa de eleitores decididos e a estabilidade das rejeições sugerem que mudanças significativas são improváveis, mas não impossíveis. A eleição está aberta, e o resultado dependerá da capacidade de mobilização e do impacto da abstenção, especialmente entre os eleitores de baixa renda.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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