Porta-voz da chancelaria Lin Jian declara: ‘China continuará a liderar pelo multilateralismo’ — decisão que pode redefinir o futuro global e o papel da ONU
No 79º aniversário da Organização das Nações Unidas (ONU), a China reafirma seu compromisso com o multilateralismo e com a manutenção de um sistema internacional justo e estável. Em uma declaração oficial, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China celebrou a data e destacou a importância de defender o papel central da ONU na resolução de conflitos globais e no fortalecimento do direito internacional.
Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, o porta-voz Lin Jian enfatizou o compromisso da China como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, destacando que o país continuará trabalhando para promover o verdadeiro multilateralismo.
Segundo ele, “a China é uma defensora da paz mundial, contribuidora para o desenvolvimento global e defensora da ordem internacional”, refletindo a postura de Pequim em ser um pilar da estabilidade global.
O momento atual, marcado por conflitos prolongados como o de Gaza e diferenças complexas entre nações, mostra a necessidade de uma liderança responsável e comprometida com a paz, afirmou Lin. Ele ainda pontuou que a ONU, como a organização intergovernamental mais universal e representativa, é fundamental para manter a paz e o desenvolvimento mundial.
A China, como signatária original da Carta da ONU, reforça a importância dos princípios e objetivos estabelecidos por essa carta, posicionando-se como um aliado histórico e ativo da organização.
Lin Jian também destacou as iniciativas propostas pela China nos últimos anos, como a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global e a Iniciativa de Civilização Global, que visam promover um futuro compartilhado para a humanidade.
Pequim tem se dedicado a fortalecer a solidariedade entre os países do Sul Global, buscando ampliar a cooperação e a representação dos países em desenvolvimento no cenário internacional.
“Quanto mais complexo o cenário internacional, maior a necessidade de defender firmemente a autoridade da ONU”, declarou Lin, sugerindo que as tensões globais só reforçam a importância de preservar o papel central da organização.
Ele também ressaltou que, em tempos de desafios globais agudos, como os que estamos vivendo, a busca pelo verdadeiro multilateralismo torna-se ainda mais essencial.
Pequim acredita que os grandes países devem assumir responsabilidades proporcionais à sua influência e, por isso, está disposta a trabalhar com outras nações para que a ONU e o Conselho de Segurança possam cumprir seus mandatos de forma mais eficaz. Lin insistiu que, para alcançar isso, é necessário construir consenso global e trabalhar em conjunto para preservar a paz, a estabilidade e o desenvolvimento mundial.
O porta-voz criticou o que chamou de práticas prejudiciais ao sistema internacional, como unilateralismo, intimidação, coerção e sanções econômicas, afirmando que tais ações vão contra o desejo comum da comunidade internacional por estabilidade e desenvolvimento.
Lin pontuou que esses atos não apenas dividem países, mas também prejudicam os interesses comuns de todas as nações, comprometendo o progresso global.
No contexto recente, a China vê com otimismo a realização da Cúpula do Futuro da ONU, onde foi adotado o Pacto da ONU para o Futuro. Segundo Lin, a China enxerga esse pacto como um sinal positivo para a governança global e para o avanço do multilateralismo.
Ele também observou que, em 2025, a ONU celebrará seu 80º aniversário, e a China continuará a ser um apoio firme para que a organização enfrente os desafios do futuro.
Como um ator global responsável, a China promete defender os princípios de consulta ampla, contribuição conjunta e benefício compartilhado, trabalhando ativamente para que a ordem internacional seja mais justa e equitativa.
O porta-voz concluiu reforçando que, com cooperação global e verdadeiro multilateralismo, é possível fortalecer e modernizar o sistema de governança mundial, garantindo que ele seja mais inclusivo e eficaz em resolver os problemas do século 21.
A China acredita que, ao lado de outras nações, pode transformar desafios em oportunidades para construir um mundo mais pacífico e próspero, onde a ONU continue a ser a âncora de estabilidade e justiça internacional.
Com informações de Agências de Notícias*