Segundo apuração do jornal Valor, o presidente russo, Vladimir Putin, deseja que Dilma Rousseff permaneça à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, o banco do Brics) na próxima fase, quando a Rússia assumiria o controle da instituição. Fontes ligadas ao Kremlin confirmaram essa intenção.
Dilma assumiu a presidência do Banco do Brics em abril de 2023, com mandato previsto para encerrar em julho do próximo ano. A Rússia seria a próxima a liderar o banco por um período de cinco anos. No entanto, as sanções ocidentais impostas a Moscou, em razão da invasão da Ucrânia, podem dificultar essa transição.
Apesar da participação russa no banco ter inicialmente impactado a captação de recursos no mercado financeiro global, levando ao congelamento das operações com a Rússia, a situação pode ser revista.
Atualmente, a Rússia mantém uma vice-presidência no banco, ocupada por Vladimir Kazbekov, que já foi diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento da Rússia por mais de 15 anos. Durante a cúpula do Brics em Kazan, Dilma teve uma longa conversa com Putin.
Agora, a dúvida é se os membros do banco chegarão a um consenso para que Dilma continue no cargo de presidente. O Kremlin, no entanto, tem demonstrado apoio à sua permanência.