O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, desembarcou na noite de sexta-feira em Kazan, Rússia, para participar como convidado da Cúpula dos BRICS, com o objetivo de incluir seu país no bloco em breve. Ao chegar, acompanhado da primeira-dama e deputada Cilia Flores, ele foi recebido por autoridades locais. Também estavam presentes no aeroporto a vice-presidente executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez, e o ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, que chegaram a Kazan no dia anterior.
“Já fazemos parte desta engenharia do mundo multicêntrico e multipolar que está nascendo, e viemos compartilhar a experiência da luta histórica do povo venezuelano”, declarou Maduro. Ele também expressou esperança de que o mundo supere o colonialismo, o hegemonismo e o imperialismo, permitindo que os países do “Sul Global” abracem a “independência, o desenvolvimento e a prosperidade”.
Maduro destacou a possibilidade de acessar outra economia, “não baseada em sanções, chantagens, hegemonia, mas em cooperação, comércio verdadeiramente livre, investimento compartilhado e tecnologia”.
Ele também afirmou que sua presença nesta Cúpula dos BRICS era histórica, pois era a primeira vez que ele havia sido convidado. Em ocasiões anteriores, a Venezuela foi representada em nível ministerial.
Maduro observou ainda que sempre se acreditou que os países com as maiores reservas de petróleo do mundo deveriam estar agrupados em um projeto econômico comum, e agora havia o BRICS, que ele classificou como “um avanço significativo na nova geopolítica mundial”.
“Viemos aqui para defender e trazer a verdade e a voz livre de um povo rebelde que atravessou o deserto e que hoje está de pé, inteiro, completo e vitorioso”, acrescentou Maduro.
Na visão do líder bolivariano, o BRICS é o epicentro do novo mundo multipolar e da diplomacia da paz.
Maduro raramente viaja ao exterior, devido a um mandado de prisão emitido pelos Estados Unidos por acusações de tráfico de drogas, que também oferece uma recompensa por sua captura.
Com informações da Mercopress.