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Israel apresenta exigências aos EUA para solução diplomática no Líbano

Israel entregou aos Estados Unidos um documento detalhando suas condições para uma solução diplomática que busque encerrar o conflito no Líbano, informou a agência Sputnik, citando o portal Axios. O documento foi enviado no último domingo (20) pelo ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, ao enviado especial da Casa Branca, Amos Hochstein, em […]

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REUTERS/Jim Urquhart

Israel entregou aos Estados Unidos um documento detalhando suas condições para uma solução diplomática que busque encerrar o conflito no Líbano, informou a agência Sputnik, citando o portal Axios.

O documento foi enviado no último domingo (20) pelo ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, ao enviado especial da Casa Branca, Amos Hochstein, em uma reunião que ocorreu na quinta-feira (17).

Entre as principais demandas israelenses, conforme divulgado pela reportagem, está a solicitação de que as Forças de Defesa de Israel (FDI) tenham autorização para realizar operações de “execução ativa” com o objetivo de impedir que o Hezbollah fortaleça sua infraestrutura militar nas proximidades da fronteira com Israel. Essa medida busca evitar a reconstrução de capacidades militares pelo grupo xiita libanês após o fim das hostilidades.

Outro ponto incluído nas exigências de Israel é a liberdade de operação de sua Força Aérea no espaço aéreo do Líbano, algo que contraria a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU.

Essa resolução, adotada em 2006, prevê que as Forças Armadas Libanesas (LAF) e a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) sejam responsáveis por garantir o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, além de controlar o espaço aéreo libanês.

Um oficial do governo dos EUA, ouvido pelo portal Axios, afirmou que é “altamente improvável que o Líbano e a comunidade internacional” aceitem essas condições impostas por Israel.

Apesar das dificuldades previstas, Amos Hochstein está programado para visitar Beirute nesta segunda-feira (21) com o intuito de discutir possíveis alternativas diplomáticas para encerrar o conflito na região.

No entanto, as tensões continuaram a aumentar. Na noite de domingo (20), a Força Aérea israelense conduziu uma série de ataques aéreos no Líbano, atingindo alvos associados ao Hezbollah, incluindo um edifício em Beirute.

Esses ataques ocorreram mesmo após o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, ter solicitado a Israel que “reduzisse os ataques” na capital libanesa, mencionando o alto número de vítimas civis causadas pelas operações militares.

O cenário atual reflete as complexidades diplomáticas e militares envolvidas no conflito entre Israel e Hezbollah. As demandas israelenses, especialmente em relação à liberdade de ação militar no Líbano, criam um impasse em meio aos esforços internacionais para encontrar uma solução diplomática. A visita de Hochstein a Beirute será crucial para tentar reduzir as tensões e explorar saídas negociadas para o conflito.

Com a continuidade das hostilidades, a situação humanitária no Líbano também se agrava, enquanto a comunidade internacional busca uma forma de intervir e mediar o cessar-fogo entre as partes. A ONU, através da UNIFIL, segue tentando monitorar a situação e evitar a escalada do conflito, mas a insistência de Israel em manter sua liberdade de ação militar no país vizinho coloca em xeque a eficácia das medidas propostas até o momento.

O futuro das negociações depende, em grande parte, da capacidade das partes envolvidas em encontrar um equilíbrio entre as preocupações de segurança de Israel e as exigências de soberania e integridade territorial do Líbano.

A comunidade internacional, representada por instituições como o Conselho de Segurança da ONU, continuará desempenhando um papel central nas tentativas de mediação e implementação de um possível acordo.

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