Com recorde de investimentos estrangeiros em títulos, China mostra a força de sua moeda e desafia a supremacia global dos EUA
Os rendimentos dos títulos em renminbi (RMB, moeda chinesa) têm mostrado um desempenho positivo desde o início do ano, atraindo um crescente interesse de investidores estrangeiros que aumentaram suas participações no mercado, afirmou Li Hongyan, vice-chefe da Administração Estatal de Divisas da China, nesta terça-feira (22).
Atualmente, as participações estrangeiras em títulos domésticos em RMB ultrapassaram US$ 640 bilhões, marcando um recorde histórico, destacou Li em uma coletiva de imprensa.
“De modo geral, a posse de ativos em RMB por investidores estrangeiros contribui para diversificar os participantes do mercado doméstico, aumentar a liquidez e promover um desenvolvimento mais dinâmico e internacional do mercado de capitais da China”, afirmou Li.
Ela ainda acrescentou que as autoridades continuarão a facilitar os investimentos, criar um ambiente favorável para investidores, promover uma abertura financeira de alto nível ao mercado global e apoiar ativamente a participação de investidores estrangeiros no mercado de capitais chinês.
O que mais está acontecendo na economia chinesa?
Segundo um relatório da Reuters, o governo dos EUA está prestes a finalizar regulamentações que irão proibir investimentos em inteligência artificial na China, conforme apontado por uma atualização recente. A medida visa restringir investimentos específicos de saída para áreas como IA, semicondutores, microeletrônica e computação quântica.
O relatório informa que a regulamentação está atualmente em revisão pelo Escritório de Gestão e Orçamento, sugerindo que deve ser divulgada na próxima semana.
Essas regras exigirão que investidores americanos notifiquem o Departamento do Tesouro sobre certos investimentos em tecnologias sensíveis, como IA, na China.
China avalia turbinar economia com investimento público trilionário e manda recado ao Brasil
A China precisa adotar medidas de estímulo econômico “o mais rápido e rapidamente possível” para combater o risco de uma espiral descendente, na qual a diminuição dos gastos e a queda da renda se reforçam mutuamente.
O alerta foi feito por Zhang Bin, vice-diretor do Instituto de Economia e Política Mundial da Academia Chinesa de Ciências Sociais, durante um webinar realizado em 20 de outubro pelo Fórum de Macroeconomia da China.
Zhang destacou que o governo chinês pode precisar levantar novas dívidas em 2024, incluindo títulos do tesouro, títulos locais para fins especiais e vendas de dívida fora do orçamento, totalizando mais de 12 trilhões de yuans (cerca de US$ 1,67 trilhão).
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