Bomba! Brics deve aceitar mais 12 países! Saiba quais são

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, cumprimentam-se durante a 10ª cúpula do Brics em 27 de julho de 2018 (Gianluigi Guercia / POOL / AFP).

Na 16ª reunião do Brics, que começa nesta terça (22) em Kazan, na Rússia, uma das principais novidades será a admissão de 12 novos países como parceiros do grupo. Embora a lista final ainda possa sofrer mudanças durante as reuniões de líderes, os países convidados até agora, segundo informações obtidas por negociadores, são:

  • Cuba e Bolívia (América Latina)
  • Indonésia e Malásia (Sudeste Asiático)
  • Uzbequistão e Cazaquistão (Ásia Central)
  • Tailândia e Indonésia (Sudeste Asiático)
  • Nigéria e Uganda (África)
  • Turquia e Belarus (Europa/Ásia)

A inclusão desses países segue uma linha de diversificação regional e estratégica. A presidência russa do Brics, que está liderando as negociações, busca equilibrar o bloco com a entrada de novas nações, evitando o predomínio de apenas uma região ou potência.

A decisão de expandir o grupo ocorre após a primeira grande ampliação em 2023, quando Irã e Etiópia foram adicionados, demonstrando a influência da China dentro do grupo. O processo de inclusão, no entanto, tem sido conduzido com cautela, para evitar situações como a da Arábia Saudita, que demonstrou desinteresse após o ingresso de seu arquirrival Irã no ano passado.

Outra novidade importante a ser discutida na cúpula é a questão da reforma do Conselho de Segurança da ONU, onde o Brics busca maior representatividade. O Brasil, que já havia garantido uma menção nominal em 2023 ao lado de Índia e África do Sul, vê agora uma reformulação dos termos após as demandas de novos membros, como Egito e Etiópia, que também almejam assentos no conselho reformado.

A exclusão da Venezuela

Apesar do estreito relacionamento entre Caracas e Moscou, o Brasil vetou informalmente a inclusão da Venezuela como parceira do Brics. A ausência da Venezuela na lista de convidados reflete um consenso nas reuniões preparatórias, onde prevaleceu a decisão de não admitir o país liderado por Nicolás Maduro.

A relação entre o Brasil e a Venezuela de Maduro se deteriorou desde que Lula (PT) decidiu não reconhecer os resultados das eleições venezuelanas, amplamente consideradas fraudulentas. Essa postura levou a uma ruptura virtual entre os dois países, o que explica a exclusão da Venezuela das negociações.

Com informações de Igor Gielow, da Folha de São Paulo.

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