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Ouro dispara em meio a cortes de juros e crise no Oriente Médio

Instabilidade política e cortes globais de juros impulsionam o ouro a um nível recorde histórico; descubra por que investidores estão correndo para esse refúgio seguro O ouro alcançou um valor recorde nesta segunda-feira (21), impulsionado por tensões geopolíticas e reduções nas taxas de juros feitas pelos bancos centrais. O preço do ouro em barras aumentou […]

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Os preços do ouro geralmente se beneficiam da queda das taxas de juros / Akos Stiller / Bloomberg

Instabilidade política e cortes globais de juros impulsionam o ouro a um nível recorde histórico; descubra por que investidores estão correndo para esse refúgio seguro


O ouro alcançou um valor recorde nesta segunda-feira (21), impulsionado por tensões geopolíticas e reduções nas taxas de juros feitas pelos bancos centrais. O preço do ouro em barras aumentou 0,4%, chegando a US$ 2.732,45 por onça troy no início do pregão em Londres, marcando um crescimento de 40% nos últimos doze meses.

Os conflitos no Oriente Médio e as incertezas em relação ao resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos, que ocorrerão no próximo mês, reforçaram o apelo do ouro como um ativo seguro.

“A perspectiva para o ouro é bastante otimista”, afirmou Joni Teves, estrategista de metais preciosos do UBS, que projeta um preço de US$ 3.000 por onça troy para o próximo ano. “Achamos que as participações de investidores em ouro têm muito espaço para crescer no próximo ano ou mais, e isso deve elevar os preços.”

A expectativa de mais cortes nas taxas, com a próxima reunião do Federal Reserve dos EUA marcada para os dias 6 e 7 de novembro, também contribuiu para a alta nos preços do ouro este ano. Como o ouro não gera juros, seus preços tendem a se beneficiar em cenários de taxas de juros mais baixas.

Diversos bancos centrais ao redor do mundo estão em um processo de flexibilização, com cortes de juros recentes observados na zona do euro, no Canadá e no Reino Unido, entre outros.

Apesar de a demanda física por ouro ter sido impactada pelos altos preços no principal mercado, a China, as compras dos bancos centrais permanecem fortes, enquanto eles buscam diversificar suas reservas além do dólar. No primeiro semestre deste ano, as aquisições pelos bancos centrais atingiram um recorde de 483 toneladas, segundo o World Gold Council.

Investidores ocidentais também passaram a adquirir ouro desde o verão, com cinco meses consecutivos de entradas em fundos negociados em bolsa lastreados em ouro entre maio e setembro.

Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank, destacou que os movimentos no preço do ouro refletem “o risco de instabilidade fiscal e incertezas em torno da eleição presidencial dos EUA”, além da diversificação das reservas dos bancos centrais para além do dólar americano.

A eleição dos EUA, marcada para 5 de novembro, entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump, está muito acirrada, gerando ainda mais incerteza.

“Há muitos riscos nas próximas semanas, com a eleição dos EUA se aproximando”, afirmou Teves. “Podemos ter alguma ação de preço instável.”

Os preços da prata também tiveram um aumento expressivo, atingindo o maior valor em quase 12 anos, refletindo a oferta limitada do metal, utilizado em eletrônicos e células fotovoltaicas, além de um efeito secundário do aumento dos preços do ouro.

Com informações do Financial Times

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