Premiê israelense Netanyahu teria reagido ao ataque com drones à sua casa neste sábado de manhã (19). A Polícia isolou a área; sem feridos, ele e esposa não estavam lá
O jornal Times of Israel publicou, na última hora, um vídeo com o primeiro-ministro israelense afirmando que “nada o deterá” e que Israel “vai ganhar esta guerra”, descrevendo-o como uma reação de Netanyahu ao ataque com drones dirigido à sua casa, em uma cidade costeira ao norte de Tel Aviv. Contudo, não é possível verificar quando a gravação foi feita, já que o primeiro-ministro não se refere diretamente ao ataque contra sua casa.
Nesta sábado, a casa de Benjamin Netanyahu foi alvo de um ataque com drones, segundo informou um porta-voz do governo. Nem ele nem sua esposa estavam em casa, disse a mesma fonte israelense, acrescentando que não há registro de vítimas.
O Gabinete do primeiro-ministro de Israel confirma que sua residência privada em Cesaréia foi alvo de um ataque de um drone proveniente do Líbano, no início da manhã de sábado.
De acordo com a Al Jazeera, “o drone lançado do Líbano atingiu diretamente a casa de Benjamin Netanyahu em Cesaréia”, uma área habitada por empresários e políticos israelenses.
A polícia está no local para sinalizar o ataque. A Al Jazeera reporta que os militares impuseram fortes restrições aos meios de comunicação social israelenses, isolando a área.
No mesmo momento, as sirenes soaram em Tel Aviv. Dois outros drones, também lançados, foram interceptados pela defesa antiaérea, reporta ainda a emissora.
O incidente desencadeou alarmes na base militar de Glilot, mas os militares mais tarde determinaram que os drones não estavam naquela área.
O drone que atingiu a casa do chefe do governo israelense percorreu cerca de 70 km a partir do Líbano.
Em setembro, os rebeldes Houthi do Iêmen lançaram um míssil balístico contra o aeroporto Ben Gurion quando o avião de Netanyahu estava aterrissando. O míssil foi interceptado.
Os ataques de sábado contra Israel ocorrem em um momento em que a guerra com o Hezbollah, do Líbano — um aliado do Hamas apoiado pelo Irã — se intensificou nas últimas semanas.
Entretanto, em Gaza, as forças israelenses dispararam contra hospitais na parte norte do enclave palestino, e os ataques na faixa mataram mais de 50 pessoas, incluindo crianças, em menos de 24 horas, de acordo com funcionários do hospital e um repórter da Associated Press.
Após a morte do líder do Hamas na sexta-feira, esmorecem as esperanças para um cessar-fogo, embora o presidente Joe Biden acredite que haverá mais facilmente paz no Líbano do que em Gaza. O Hezbollah disse na sexta-feira que planejava lançar uma nova fase de combate, enviando mais mísseis guiados e drones explosivos para Israel.
Recorde-se que o líder de longa data do grupo militante, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense no final de setembro, desencadeando a expansão do conflito. Israel enviou tropas terrestres para o Líbano no início de outubro. Estima-se que cerca de 15 mil soldados israelenses ocupem a região sul daquele país fronteiriço.
João Ferreira Bastos
19/10/2024 - 11h33
Que esse assassino nunca mais tenha uma noite de sono calma