O Governo Federal anunciou, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 14, a abertura de uma auditoria para investigar a atuação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da concessionária de energia Enel.
A investigação se dá após um apagão que afetou a região metropolitana da capital desde a última sexta-feira, 11, causado por uma tempestade.
A auditoria visa apurar responsabilidades relativas ao processo de fiscalização e às ações tomadas para restabelecer o fornecimento de energia elétrica, que deixou mais de 400 mil imóveis sem luz. As autoridades buscam entender as falhas e implementar medidas para prevenir futuros incidentes.
O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, destacou na coletiva que a prioridade do governo é assegurar que todos os moradores afetados sejam integralmente ressarcidos.
Wadih Damous, secretário Nacional do Consumidor, criticou a gestão da Enel, apontando falhas recorrentes da empresa e o não cumprimento de medidas previamente estabelecidas pela Aneel para mitigar crises energéticas.
Damous salientou que condições climáticas adversas não justificam a demora no restabelecimento dos serviços de energia. Ele também mencionou que a Enel reduziu seu quadro de funcionários e aumentou a terceirização de serviços, o que contraria as diretrizes de órgãos reguladores federais.
O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho, informou que o objetivo da auditoria é garantir que tanto a Aneel quanto a Enel desenvolvam um plano de contingência eficaz para lidar com esse tipo de situação e que os responsáveis pelas falhas sejam identificados e responsabilizados.